PRISÃO

Suspeitos de vender fuzis para o crime são presos em Goiás e Mato Grosso

Homens também são suspeitos de ligação com homicídio ocorrido em Bom Jardim de Goiás, relacionado à cobrança de dívidas

Em uma ação conjunta entre as polícias de Goiás e Mato Grosso, dois suspeitos foram presos por integrar um esquema de tráfico de fuzis para o crime organizado. Segundo a polícia, ao menos 10 armas de uso restrito teriam sido vendidas para criminosos. Um dos envolvidos foi preso em Roraima e outro em Goiás.

Os mandados foram cumpridos em Goiânia, Hidrolândia e na região metropolitana da capital. Os suspeitos são dois homens naturais de Hidrolândia, que possuíam cinco fuzis registrados cada nos nomes. Mandados também foram deflagrados na cidade de Boa Vista, em Roraima.

Segundo o delegado Sérgio Henrique Alves, a investigação começou após uma denúncia sobre a venda dos fuzis para uma organização criminosa em São Paulo. “Descobrimos que eles não moram mais aqui e que o Certificado de Registro de Arma de Fogo (CAC) permite a guarda em até dois locais diferentes, mas eles só tinham um e não encontramos as armas nesses locais”, explicou o delegado. Um dos imóveis estava desocupado e no outro, onde reside a família de um dos suspeitos, não foram encontradas armas.

Em depoimento, os suspeitos alegaram que os fuzis haviam sido furtados, mas não registraram boletim de ocorrência por acreditarem que isso não resolveria a situação. As investigações avançaram quando a polícia teve acesso a imagens de câmeras de segurança que mostraram um dos homens em contato com outros indivíduos já investigados.

Informações indicam que um dos investigados estava em Boa Vista, Roraima, onde teria se encontrado com membros do alto escalão do Primeiro Comando da Capital (PCC), incluindo um homem considerado o ladrão de banco mais procurado do Brasil.

A dupla também é investigada por envolvimento em um homicídio ocorrido em Bom Jardim de Goiás relacionado à cobrança de dívidas.

Os dois foram presos por organização criminosa, tráfico de armas e lavagem de dinheiro. Segundo o delegado, eles também são investigados por outros crimes na região.