Suspensão de escalonamento traz alívio a comerciantes, em Aparecida
Representantes da classe de comerciantes da região afirmam que a permissão para funcionamento do comércio de forma perene pode aquecer economia
Comerciantes de Aparecida estão aliviados com suspensão do isolamento social por escalonamento no município. Representantes da classe de comerciantes da região afirmam que a permissão para funcionamento do comércio de forma perene vai conceder “respiro” ao empresário e pode levar ao aquecimento da economia aparecidense.
Franciele Ribeiro atua no segmento de produtos de higiene há 10 anos e possui duas lojas em Aparecida. Uma delas está localizada no Setor Garavelo e outra no Setor Araguaia. A empresária relata que a paralisação das atividades durante quatro dias no mês resultava em queda de 30% das vendas.
“Graças a Deus vamos poder voltar a trabalhar normalmente. Passamos períodos que a conta mensal não fechava”. A comerciante disse também que teve que fazer cortes de funcionários e até mesmo de benefícios que oferecia aos colaboradores.
“Respiro”
O comerciante Bruno Rafael da Rocha, diretor da regional Centro na Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (ACIAG) ressalta que a suspensão do regime de escalonamento em Aparecida vai trazer um “respiro” aos empresários do município.“Durante o escalonamento, a maior parte do empresariado conseguia renda suficiente apenas para arcar com custos de manter seu negócio funcionando”, afirmou.
Bruno ainda afirma que o cenário verde do escalonamento, indicativo de baixo nível de transmissão do coronavírus em Aparecida, resultava em um dia por semana de comércio fechado para cada macrorregião do município. “Apesar de ser a situação menos danosa para o comerciante no modelo de isolamento social adotado, muitos comerciantes ficam muito impactados com quatro ou cinco dias sem funcionar em um mês”, afirma o diretor regional da Aciag que também é comerciante e tem um estabelecimento no Centro de Aparecida.
Consenso
As dificuldades enfrentadas pelos comerciantes durante o escalonamento levaram a classe de empresários a pleitear o fim do isolamento social em Aparecida há alguns meses, segundo Bruno. “Já estávamos nos mobilizando dentro do Comitê de Prevenção de Enfrentamento à Covid-19 de Aparecida (COE) há, pelo menos dois meses. Agora, foi consenso de que a cidade apresenta números epidemiológicos seguros para retomada”, conclui.
Maione Padeiro, é presidente da Associação Comercial e Industrial da Região Leste de Aparecida (Acirlag), outra entidade que também congrega empresários de Aparecida e compõe parte do Comitê de Prevenção de Enfrentamento à Covid-19 no município (COE). Ele destaca que apesar da suspensão do modelo de escalonamento em Aparecida, a pandemia não acabou e todos os cuidados e protocolos de prevenção à transmissão do Coronavírus devem ser respeitados.
“A retomada do funcionamento do comércio de forma perene deve ajudar a economia de Aparecida voltar a crescer, mas não podemos esquecer que o isolamento por escalonamento foi um diferencial no combate à pandemia e ele não acabou. Está suspenso, mas pode voltar a ser usado, se necessário”, declarou o presidente da Acirlag.