Médicos anestesiologistas suspendem serviços nas unidades de saúde de Goiânia
Objetivo é buscar soluções de contratação para médicos anestesiologistas e pagamento de dívidas
A Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas de Goiás (Coopanest-GO) noticiou, nesta sexta-feira (5), a suspensão dos serviços nas unidades municipais de saúde e rede conveniada SUS de Goiânia por inexistência de contrato com a Secretaria Municipal de Saúde e Prefeitura de Goiânia.
O comunicado explica que o contrato de prestação de serviço com a Prefeitura de Goiânia foi firmado em janeiro de 2016 e teve o prazo encerrado em janeiro de 2021. Na época, foi elaborado um aditivo para que o serviço fosse realizado até janeiro de 2022.
No entanto, a cooperativa relata que, apesar das tentativas de se abrir um processo administrativo legal de contratação para evitar a suspensão dos atendimentos, a Secretaria de Saúde optou por realizar um contrato emergencial que foi encerrado em janeiro de 2023.
Mesmo com o fim do contrato, os anestesiologistas continuaram a prestar o serviço normalmente por mais um ano.
De acordo com a Coopanest-GO, objetivo da interrupção da prestação de serviços é buscar soluções para uma nova forma de contratação para os médicos anestesiologistas, além de negociar a dívida de R$ 26 milhões que se encontra na casa e os pagamentos não efetuados pela administração municipal.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia disse que, a partir de agora, a contratação dos profissionais acontecerá por meio de negociações realizadas diretamente com cada instituição. Além disso, informou que está fazendo um levantamento dos valores cobrados pela Coopanest-GO. Leia a nota completa na íntegra.
Nota Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia
“Em reunião realizada na tarde desta quinta-feira (4/1), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e representantes dos hospitais filantrópicos discutiram nova forma de contratação dos serviços de médicos anestesiologistas. Ficou definido que, a partir de agora, a contratação desses profissionais se dará por meio de negociações realizadas diretamente com cada instituição, como ocorre com as demais categorias médicas. A medida visa dar maior autonomia às instituições para que, além de aprimorar as tratativas com os profissionais, possam melhorar a assistência à população e às práticas médicas.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece que está fazendo um levantamento dos valores cobrados pela Coopanest, inclusive já solicitou à cooperativa um descritivo desses valores. Esclarece ainda que, devido à ausência de contrato entre o município e a cooperativa, será necessário encontrar uma forma jurídica para que o pagamento possa ser realizado”.