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“Tava de fogo”, justifica prefeito de Iporá sobre disparos contra ex e namorado

Advogado afirma que Naçoitan nunca teve intenção de "atingir a integridade física de quem quer que seja"

O prefeito de Iporá, Naçoitan Leite (sem partido), justificou que estava “de fogo” em mensagem de WhatsApp sobre ter supostamente atirado 15 vezes contra a casa da ex-mulher, no último sábado (18). O texto foi divulgado pela TV Anhanguera. “Tava de fogo, mas assumo minha responsabilidade. Poderia ter sido pior”, disse o prefeito que efetuou disparos na porta do quarta da ex e do atual companheiro dela.

Vale citar, o gestor teve a prisão decretada após a suspeita de invadir a residência e efetuar os disparos. Nas imagens de uma câmera de segurança é possível ver que o prefeito chega na residência por volta de 1h da manhã. Ele fica nas proximidades do imóvel e, cerca de 10 minutos depois, avança com a caminhonete portão adentro.

Já na residência, Naçoitan teria tentado arrombar a porta do quarto onde a ex-esposa e o namorado dela dormiam. Ele, então, atirou 15 vezes contra o cômodo, segundo a Polícia Civil. Ainda de acordo com a corporação, o prefeito ficou cerca de três minutos dentro da casa. O horário do vídeo mostra que ele sai por volta de 1h14.

Após o crime, o delegado responsável pelo caso representou pela prisão preventiva. A Justiça acatou o pedido e determinou a prisão.

A defesa de Naçoitan entrou com um pedido de Habeas Corpus na tarde de domingo (19), mas foi negado pelo desembargador Anderson Máximo de Holanda. O magistrado argumentou que não existe ilegalidade no pedido de prisão e não há prerrogativa de foro especial.

O Mais Goiás questionou o advogado de Naçoitan, Francisco Damião da Silva, se o prefeito irá se entregar e se ele pretendia matar a ex-companheira. Além disso, também perguntou sobre a mensagem em que dizia estar “de fogo”. A defesa enviou a seguinte nota:

“Naçoitan Leite, que teve seu nome vinculado a um suposto ato criminoso tentado de feminicídio ocorrido em Iporá-Go, no dia 18/11/2023, vem a público esclarecer e negar a ocorrência de tal conduta, pois a relação conjugal noticiada já tinha se encerrado e não havia nenhum interesse de ambas as partes na reconciliação.

Nunca houve por parte do senhor Naçoitan qualquer intenção, naquela ocasião ou em qualquer outra, de atingir a integridade física de quem quer que seja. A defesa informa ainda que maiores esclarecimentos serão prestados às autoridades competentes, no momento oportuno, depois do acesso a todos os documentos da investigação policial, vez que os autos estão sob sigilo, por incrível que possa parecer.”