Técnico de enfermagem suspeito de estupro em UTI vira réu em Goiânia
O técnico de enfermagem Ildson Custódio Bastos virou réu pelo crime de estupro contra Susy…
O técnico de enfermagem Ildson Custódio Bastos virou réu pelo crime de estupro contra Susy Nogueira. A denúncia foi aceita pela justiça na última sexta-feira (14). O crime teria acontecido dentro da UTI do Hospital Goiânia Leste (HGL), local onde a vítima estava internada.
A decisão de aceitar a denúncia foi do juiz Alessando Manso e Silva. Ele estabeleceu o prazo de 10 das para que a defesa do réu se manifeste sobre o caso. Ildson se entregou à polícia no dia 29 de maio e nega que tenha cometido estupro. Ele também permaneceu em silêncio durante o depoimento à Polícia Civil (PC).
Susy era estudante de arquitetura e sofria de convulsões desde os 14 anos. Ela deu entrada no hospital no dia 16 de maio, após sofrer crises durante a aula. A jovem morreu dez dias depois, em razão de uma “pneumonia hospitalar”, segundo o HGL. Antes da morte, a estudante teria relatado a uma enfermeira que tinha sido abusada sexualmente por um técnico em enfermagem que trabalhava no local.
A Supreme Care/OGTI, administradora da UTI do HGL, publicou nota em que afirma se solidarizar com a família e alega que empresa e funcionários têm atendido prontamente às solicitações das autoridades para elucidação do caso. “A UTI segue trabalhando com zelo, profissionalismo e afinco no cuidado de seus pacientes e aguarda os desdobramentos relacionados à investigação”.
Análise das imagens
A empresa ainda alega ter analisado imagens de segurança da UTI que podem ter registrado suposto abuso. E alega que, na gravação, o funcionário realiza movimentos consistentes com “possíveis toques nas partes íntimas da paciente”. Segundo a Supreme Care, cada um dos 20 leitos geridos pela UTI possui câmera individualizada que funciona e grava toda a movimentação 24 horas por dia. E foi dada a oportunidade para o ex-funcionário assistir as imagens, mas ele se recusou a vê-las.
As imagens foram passadas à PC. A delegada responsável, Paula Meotti, afirma que não há dúvidas do crime. “As imagens são claras. Ele se aproxima próximo ao leito da vítima, fecha a cortina do leito ao lado e coloca as mãos por debaixo do lençol, na região da genitália da vítima, e pratica atos libidinosos. Isso teria começado por volta das 2 horas da manhã e se estendido até após às 3 horas [da manhã]”, destaca Paula. Recentemente, a família da vítima contratou um legista para analisar as imagens.