Tempo seco: Veja como prevenir doenças respiratórias mais comuns
Com o tempo seco cresce a prevalência de doenças respiratórias, como rinite, e oculares como…
Com o tempo seco cresce a prevalência de doenças respiratórias, como rinite, e oculares como conjuntivite. Um fator que interfere ainda mais nesses casos é a umidade relativa do ar, que neste fim de semana pode chegar a 14% em Goiânia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que os índices da umidade relativa do ar abaixo de 60% são inadequados para a saúde humana.
Nesse período, a tendência é de temperaturas amenas pela manhã e elevadas no período da tarde, especialistas ouvidos pelo Mais Goiás apontam importância da hidratação nasal e da reposição de líquidos no corpo na época de estiagem.
O médico otorrinolaringologista, Frederico Prudente explica que se o ar não tiver com a umidade ideal acaba ressecando as mucosas e quando isso acontece pode haver um processo inflamatório e de irritação.
Tempo seco: doenças respiratórias mais comuns
Por causa desse ressecamento a tendência é de maior vulnerabilidade a doenças respiratórias virais. “Independentemente da pandemia, existem vírus que causam doenças respiratórias que entramos em contato a todo tempo”.
Segundo ele, essa umidade no nível ideal ajuda o sistema imunológico e quando há o ressecamento é como se houvesse um mal funcionamento.
“Além do ressecamento causar um grau de irritação das vias aéreas, quando entramos em contato com o vírus, a nossa defesa fica mais baixa, sendo uma época que temos mais gripes e resfriados”, explica Frederico
Ele continua: “a umidade baixa do ar, ou seja, aquele ar seco entrando pela via respiratória vai ressecar por dentro e isso causa um processo de inflamação e irritação que vai dar alguns sintomas como o nariz ressecado, espirros, e até um certo grau de dor no local”.
De acordo com o médico, o tempo seco também pode provocar irritação na garganta e propiciar desenvolvimento de bronquites e infecção pulmonar.
Cuidados no tempo seco
Para o especialista é importante que haja a reposição de líquidos, além do cuidado com ambientes fechados.
“Aconselha-se no ambiente domiciliar tomar ações que melhorem a umidade relativa do ar. Táticas de colocar uma bacia com água na sala, no quarto ou uma toalha molhada na cabeceira da cama ao dormir funcionam com um grau de eficiência pequeno, mas é melhor que nada”, afirma.
Ar condicionado
“Além do tempo seco, temos bastante calor e as pessoas costumam usar o ar-condicionado que resseca um pouco o ambiente, por isso seria importante colocar na temperatura ideal entre 23 e 24 graus e usar um umidificador para evitar o ressecamento”, reforça o médico.
Prevenção durante a baixa umidade
O médico otorrinolaringologista, Pedro Ivo Machado disse que o hábito da hidratação é importante.
“Para a prevenção é importante ter o hábito de usar o soro fisiológico a 0,9% nas narinas, fazendo uma lavagem várias vezes ao dia, sem nenhuma contraindicação. Hidratar-se bem, o que é muito importante.
Um adulto deve beber pelo menos dois litros de água por dia e o uso do umidificar também ajuda a melhorar a umidade do ambiente. É importante evitar os descongestionantes nasais que são usados de forma indiscriminada e frequente podendo piorar a obstrução nasal”, ressalta.
Tempo seco: uso de máscaras deve ser reforçado e equipamentos precisam ser trocados frequentemente, diz médico
O especialista explica que nesse tempo seco é necessário que os cuidados com a máscara sejam reforçados.
“A máscara deve estar adequadamente higienizada e deve ser feita de um tecido que não seja alergênico, se não o próprio contato do nariz com a máscara pode desencadear sintomas de alergia. Além disso, a máscara deve ser trocada de forma frequente durante o dia”, alerta Pedro Ivo.