EQUIPAMENTO DANIFICADO

Testes em laboratório que atende rede pública em Goiás caem de 250 para 70

Máquina utilizada para extração de material das células humanas está danificada desde o dia 2 de julho

Goiás registra 578 casos de coronavírus nas últimas 24 horas

O Laboratório Central de Goiás (Lacen-GO), que atende a rede pública de saúde, funciona no momento com capacidade reduzida de testagem para o novo coronavírus. Um equipamento necessário para extração automatizada e separação de RNA do vírus está danificado desde o dia 2 de julho. Testes do tipo RT-PCR continuam a ser realizados, mas o processamento acontece em São Paulo.

A capacidade de extração, que era em média 250 testes por dia, caiu para cerca de 70. Sem o equipamento, a separação do RNA do vírus tem sido realizada manualmente.

O problema atingiu, ainda, o tempo de espera pelos resultados. Com a máquina, os exames ficavam prontos em até 72h. Depois do problema técnico, porém, os testes precisaram ser enviados ao Instituto Butantã, em São Paulo, e estavam demoravam até 10 dias para ficarem prontos e retornarem à Goiás. O primeiro envio foi feito na última sexta-feira (3). Ao todo, 1.080 exames já foram encaminhados para o estado paulista.

Em nota, a Secretaria da Saúde (SES-GO) informou que os exames continuam sendo realizados e não limitou o recebimento de amostras encaminhadas pelos municípios. Segundo o texto, após uma reunião com a direção do Instituto, ficou estabelecida a redução do tempo de espera de 10 para 4 dias.

A pasta disse, também, que trabalha para realizar o conserto da automatização do equipamento. Para ampliar a testagem, a SES afirmou que abriu credenciamento que prevê parceria com todos os laboratórios privados do Estado. Além disso, foi feita parceria com o Instituto Butantã, Fiocruz e com o Programa Todos Pela Saúde para a doação, distribuição e execução de exames em mais de 60 cidades goianas.