The New York Times repercute caso do Padre Robson
O jornal norte-americano The New York Times, um dos mais tradicionais e lidos do mundo,…
O jornal norte-americano The New York Times, um dos mais tradicionais e lidos do mundo, repercutiu a polêmica envolvendo o Padre Robson e as acusações de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e apropriação indébita que pesam contra o sacerdote no âmbito da Operação Vendilhões, do Ministério Público de Goiás (MP-GO). O jornal destaca a popularidade de Robson em Goiás e no Brasil e detalha os valores que teriam sido movimentados e investidos pelo padre por meio de “front-men“, ou “laranjas” numa tradução livre.
A matéria foi publicada na última segunda-feira, 24, com o título Brazil Priest Under Investigation Over Accusations Pilgrim Donations Were Misused, algo como Sacerdote brasileiro sob investigação por acusações de mau uso de doações de fiéis. Conforme o jornal, Robson é um “padre popular” que está sendo investigado sob as acusações “de ter desviado doações no terceiro maior local de peregrinação do Brasil para investimentos imobiliários”.
A publicação menciona o Santuário da Basílica de Trindade, que é gerido pelo Padre Robson, e diz que promotores de Justiça suspeitam que o religioso estava “economizando parte dos 20 milhões de reais (US$ 3,6 milhões) em doações que a basílica recebe em média a cada mês e investindo os rendimentos por meio de associados de laranjas”.
A Operação Vendilhões
O presidente-fundador da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) e reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, Padre Robson de Oliveira Pereira, é o alvo de um escândalo investigado por uma operação deflagrada na última sexta-feira (21) pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) e que tem como objetivo apurar a prática dos crimes de organização criminosa, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e sonegação fiscal, supostamente cometidos pela diretoria da Afipe por meio de empresas de fachada e laranjas.
Conforme apontado pelo MP-GO, doações feitas por fiéis de todo o país para o custeio das atividades da Afipe e para o pagamento das obras e projetos de cunho social realizadas pelas entidades estariam sendo usadas pela diretoria para “o pagamento de despesas pessoais dos investigados e para aquisição de imóveis”. Entre esses imóveis, conforme apurado pelo MP-GO, estariam fazendas e casa de praia, “os quais, a princípio, não se destinam ao atendimento dos seus propósitos religiosos”.