TJ mantém prisão de grupo suspeito de traficar 2 toneladas de cocaína em 2020
Apenas uma mulher teve a prisão domiciliar concedida, pois tem dois filhos menores que dependem de seus cuidados
A Justiça de Goiás manteve a prisão de 14 pessoas suspeitas de estarem envolvidas no tráfico interestadual de drogas e de comercializar mais de duas toneladas de cocaína em 2020. A decisão foi proferida pela juíza Placidina Pires na última quarta-feira (28) durante audiências de custódia dos detidos que foram localizados em diversos estados e estão recolhidos no território goiano.
As prisões ocorreram na última terça-feira (27), após operação deflagrada pela Polícia Civil (PCGO). Na ocasião, a corporação cumpriu 22 mandados de busca e apreensão, bem como 14 de prisão preventiva em Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Distrito Federal. Um dos alvos, apontado como o maior traficante em atividade no Brasil, foi preso em Cuiabá e permanece em reclusão.
Dos 14 detidos, apenas uma mulher teve a prisão domiciliar concedida, pois tem dois filhos menores que dependem de seus cuidados. O pai das crianças também foi preso na operação.
Na decisão de manter os investigados detidos, a juíza disse que existem indícios suficientes de autoria e materialidade dos crimes apurados. Para ela, a restrição de liberdade do grupo é importante para evitar novos delitos.
A magistrada descreve que as investigações sobre a quadrilha duraram vários meses e, neste período, “foram captadas constantes tratativas ilícitas entre os investigados para a aquisição, transporte e redistribuição de substâncias entorpecentes, o que demonstrou – e ainda demonstra – a imprescindibilidade da segregação cautelar para a garantia da ordem pública e consequente acautelamento do meio social”.
Os crimes
De acordo com a Polícia Civil, o grupo teria traficado mais de duas toneladas de cocaína e skunk (super maconha), em 2020. Conforme a corporação, os crimes ocorriam em Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Distrito Federal. Para cruzar as rodovias brasileiras, a droga era colocada em fundos falsos de camionetes.
Durante as investigações, foram identificados seis carregamentos de entorpecentes, sendo que três deles foram apreendidos em Goiás. A corporação apontou que, em oito meses, o grupo movimentou 735 kg de entorpecentes, quantidade que pode gerar um valor superior a R$ 36 milhões.
O último carregamento de drogas de responsabilidade dos suspeitos foi apreendido no dia 7 de dezembro de 2020, em Formosa, região do Entorno do Distrito Federal (DF).