TJGO decreta prisão temporária dos investigados na morte do auxiliar de produção em Senador Canedo
O órgão determinou também o afastamento do exercício das funções públicas dos dois policiais militares envolvidos no caso
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) acatou o pedido do Ministério Público de Goiás (MPGO) e decretou a prisão temporária por 30 dias de Paulo Márcio Tavares e Gilmar Alves dos Santos. Ambos são policiais militares do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT) e estão sendo investigados na morte do auxiliar de produção Tiago Messias Ribeiro e o adolescente que teria roubado o seu veículo em Senador Canedo.
A decisão do TJ também afasta os dois investigados das suas funções, bem como os policias militares Solimon José Martins e Flávio da Penha Gomes pelo mesmo período.
No decreto, assinado pelo juiz Thulio Marco Miranda, lê-se que os elementos já apresentados na investigação são “clarividentes a apontar a presença de indícios de autoria ou participação dos representados”. Sendo assim, continua o documento, a prisão dos dois policiais militares é imprescindível para a conclusão da investigação.
“A permanência dos representados no exercício de suas funções, além de implicar no descrédito de sua própria instituição e questionamento dos trabalhos que vierem a realizar, não impediria a repetição da mesma conduta, já que tudo ocorreu em plena luz do dia e debaixo de câmeras de segurança”, lê-se.
Investigação
A Polícia Civil informou que abriu uma investigação para apurar se o que aconteceu em Senador Canedo foi um confronto e legítima defesa, ou se foi um homicídio. Em coletiva de imprensa, o delegado Matheus Noleto, titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia, confirmou fraude processual na ação dos policiais militares.
A Polícia Militar, por sua vez, informou que vai apurar o caso. O prazo de conclusão é de 40 dias.