#quebreosilêncio

TJGO lança campanha para alertar sobre violência contra a mulher no Carnaval

O Poder Judiciário em Goiás lança, neste mês, a campanha de Carnaval #quebreosilêncio. A ação,…

O Poder Judiciário em Goiás lança, neste mês, a campanha de Carnaval #quebreosilêncio. A ação, que é de iniciativa da desembargadora Sandra Regina Teodoro Reis, é realizada em parceria com a Associação de Bares e Restaurantes de Goiás (Abrasel-GO) e tem o objetivo de promover a sensibilização da população sobre os tipos de violências domésticas e familiares contra mulheres e informar sobre os canais de denúncia existentes.

Segundo o Instituto Mauro Borges, 45,49% dos agressores estavam alcoolizados quando praticaram o ato violento, sendo que o percentual de cônjuges agressores alcoolizados é quase duas vezes maior em relação àqueles que não consumiram bebida alcoólica.

A assistente social da Coordenadoria da Mulher, Sherloma Aires, esclareceu que a divulgação em bares e restaurantes considera que, embora o número de ocorrências no setor de bares e restaurantes seja minoritário, o consumo de álcool pode ser um facilitador de atitudes agressivas, devido ao efeito desinibidor, que reduz a censura em relação a seus próprios atos, o que pode desencadear reações violentas. Essa verificação indica a possibilidade que em muitos casos de violência doméstica contra mulher a fase de aumento de tensão tenha começado no espaço de bares e similares e culminado na explosão da agressividade ocorrida nas residências ou vias públicas.

Fernando de Oliveira Jorge, presidente da Abrasel/GO, falou sobre a importância da parceria: “Os números acerca da violência doméstica revelam padrões culturais e questões estruturais muito complexas. Portanto, é necessário e urgente o investimento em instrumentos de prevenção e em uma política pública séria e continua que estimule a conscientização da sociedade e principalmente sobre a importância de denunciar e em cessar a cultura machista”.

A Campanha consiste na divulgação de cartazes nos banheiros femininos e masculinos, com telefones de entidades da rede de enfrentamento a violência contra mulheres, para denúncia e assessoria jurídica.

Foto: Divulgação