Trabalhador fica ferido em obra onde homem foi soterrado, no Setor Balneário Meia Ponte
Menos de 24 horas antes do acidente de Paulo, o trabalhador Gil Jorge de Carvalho, de 36 anos, ficou mais de quatro horas soterrado na mesma obra
Um trabalhador ficou ferido após cair dentro do barranco enquanto fazia reparos na rede telefônica, no Setor Balneário Meia Ponte, na manhã desta sexta-feira (19). Curiosamente, o buraco em que Paulo Alves dos Santos caiu é o mesmo lugar onde, na última quinta-feira (18), um outro trabalhador foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros após ser soterrado.
De acordo com a corporação, o técnico em comunicações fazia reparos justamente no poste de eletricidade que caiu no barranco na quinta-feira. Paulo teve fratura exposta no braço esquerdo e muitas escoriações no rosto. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol). Por meio de nota, a unidade informou que o paciente “encontra-se com o estado geral regular, consciente e respirando espontaneamente.”
Segundo Caso
Menos de 24 horas antes do acidente de Paulo, o trabalhador Gil Jorge de Carvalho, de 36 anos, ficou mais de quatro horas soterrado na obra, localizada na Rua Roma, no Setor Balneário Meia Ponte. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, Gil escavava um buraco para construir um muro de arrimo e, quando chegou próximo ao poste de energia, a terra ao redor cedeu sobre ele.
O maior desafio da corporação era realizar o resgate sem que outra parte do barraco desmoronasse e que a vítima pudesse a ser sufocada. A obra foi interditada pela Defesa Civil. Vistoria realizada pelo Conselho Regional de Engenharia de Goiás (CREA – GO) não encontrou placa com o nome do responsável técnico no processo construtivo.
Em nota encaminhada nesta sexta-feira (19), o Crea informou que o proprietário do terreno será autuado por exercício ilegal da profissão de Engenheiro Civil por ter assumido a tarefa de elaboração e execução do projeto da obra.
O texto ainda diz que, na fiscalização realizada ontem, o Conselho não encontrou um profissional habilitado no processo construtivo. “Os fiscais do Conselho também observaram a falta de equipamentos de segurança”, lê-se no texto. O proprietário do imóvel tem até dez dias para recorrer no Crea. Caso não haja recurso, ele poderá pagar multa de R$ 2.270.
Após o resgate, Gil foi encaminhado para o Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), mas já teve alta da unidade.