Trabalhadores da Metrobus suspendem greve mais uma vez, em Goiânia
A greve dos funcionários da Metrobus, empresa que gere o Eixo Anhanguera, foi suspensa mais…
A greve dos funcionários da Metrobus, empresa que gere o Eixo Anhanguera, foi suspensa mais uma vez. A decisão foi tomada durante Assembleia Geral realizada na manhã deste domingo, na sede Associação dos Empregados da Metrobus (ASBUS), no setor Vila Regina, em Goiânia. Na ocasião, a categoria rejeitou a proposta apresentada na última terça-feira (14) pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Goiás e elaborou contraproposta, que deve ser protocolada nesta segunda-feira (20).
A proposta rejeitada pelo movimento grevista previa reajuste de 2% no salário, ticket alimentação de R$ 827, permanência do anuênio de 3% e pagamento integral da cesta básica natalina gratuita aos trabalhadores.
Depois de rejeitarem o acordo, a comissão dos trabalhadores apresentou contraproposta com ticket alimentação de R$ 719, além de aumento de 20% para funcionários que recebem até R$ 2 mil; 15% para quem ganha até R$ 6 mil; 10% até R$ 9 mil e 5% para profissionais com salário acima de 9 mil. Proposta será enviada ao TRT nesta segunda-feira (20) e uma nova audiência de conciliação deve ser marcada. Até lá a greve fica suspensa.
“Não foi uma das melhores propostas, mas é a que pode auxiliar a empresa e também agradar os funcionários. Estamos dando nossa parte de contribuição para ver se a empresa dá uma oxigenada e o Estado volte a investir para que ela volte a ser uma empresa competitiva”, disse Roberto Carlos, membro da comissão de negociação.
Na Assembleia, ficou decidido ainda a retirada do dissídio de greve, solicitada pela Metrobus. Assim, a parte econômica do dissídio fica homologada, enquanto as demais questões serão analisadas posteriormente.
O Mais Goiás entrou em contato com a Metrobus e aguarda um posicionamento. A reportagem também procurou o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte do Estado de Goiás (Sindittransporte), mas as ligações não foram atendidas.
Situação
No último dia 6, a categoria informou que foi surpreendida com a redução do vale-alimentação e o corte do anuênio no salário dos trabalhadores. Um trabalhador, que decidiu não se identificar, relatou ao Mais Goiás que os cortes foram feitos em março deste ano.
O último acordo coletivo de trabalho venceu em fevereiro de 2019 e desde março os trabalhadores, que antes recebiam R$ 1.037 de auxílio-alimentação, passaram a receber R$ 692 reais de tíquete-alimentação e perderam os 3% de anuênio. A reivindicação dos motoristas era a volta do auxílio-alimentação no valor anterior e a manutenção dos 3% de anuênio conforme a ACT 2018/2019, além de reajuste do salário-base no índice de 3,94% de inflação, mais 2% de anuênio deste ano, e cesta natalina integral (100%).
Já a proposta da empresa era o pagamento de R$ 823 de auxílio-alimentação, 2% de anuênio, 50% da cesta natalina e reajuste de 1,5%. Entretanto, após várias propostas e contrapropostas, com a intermediação do vice-presidente do TRT18, desembargador Daniel Viana Júnior, chegou-se à proposta de R$ 827 de auxílio-alimentação, manutenção dos 3% de anuênio da ACT anterior mais 2% de anuênio deste ano (sem incorporação ao salário), além de reajuste de 2% no salário e cesta natalina integral. A proposta é retroativa a 1º de março com os pagamentos referentes a março e abril parcelados.
A greve dos motoristas da Metrobus anunciada para começar na última quarta-feira (15) foi suspensa até a próxima segunda-feira (20). A decisão foi tomada após encontro entre os profissionais e representantes da empresa no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para uma possível conciliação.