Trabalhadores de 15 cidades goianas já sinalizaram adesão à greve geral
Conforme a CUT, profissionais da Educação, metalúrgicos, servidores dos Correios, bancos, Saneamento, Energia e Saúde estão em processo de paralisação
Trabalhadores de mais de 15 cidades goianas já sinalizaram adesão à greve geral desta sexta-feira (14), que ocorre em resposta à proposta de Governo sobre a reforma da Previdência. Ao todo, mais de 30 entidades de Goiás devem participar dos protestos contra a reforma e cortes no orçamento da Educação. A informação foi repassada à imprensa na manhã desta quinta-feira (13), durante entrevista na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), no Setor Central, em Goiânia.
Na Educação, o posicionamento é de greve. A Universidade Federal de Goiás (UFG) e o Instituto Federal de Goiás (IFG) aderiram ao movimento e suspenderam as aulas. A rede pública estadual e municipal de Goiânia também irão suspender as atividades. Conforme a CUT, cerca de 99% das unidades, entre escolas e CMEIs, participação da manifestação. O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro Goiás) também confirmou participação. Assim, trabalhadores da rede privada de ensino também poderão participar do movimento.
Além da Educação, diversas outras categorias estão em processo de paralisação. Metalúrgicos, servidores dos Correios e de bancos manifestaram apoio e adesão da greve de 24h. Trabalhadores que atuam na área de Saneamento, Energia e Saúde também apoiam o ato. “Categorias estratégicas, com bases fortes, se mobilizaram em Goiás. Esta greve não é do serviço público, mas sim de todos os trabalhadores que são contra essa reforma que retira direitos da população”, disse João Pires, diretor do Sint-Ifes e do Fórum Goiano contra as Reformas Trabalhista e da Previdência.
O objetivo, segundo Mauro Rubem de Menezes Jonas, presidente da CUT, é mobilizar a população e promover debate sobre a reforma. “A greve é contra a reforma da Previdência; por mais recurso na Educação e pelo desenvolvimento para a geração de riqueza e emprego, que é o grande problema do Brasil. Isso é para mostrar para a população que o que Governo está propondo é uma mentira. Isso é um abismo social.
Segundo ele, apesar de o protesto contra a reforma ser o eixo central da mobilização, a pauta da greve geral é extensa. “O problema não está na Previdência. O problema está no sistema econômico, do desempregado. Hoje estamos com 30 milhões de pessoas que não recebem nada no país e a tendência é aumentar. Não podemos aceitar acabar com a seguridade social, o direito da sociedade. Não podemos deixar isso acontecer. Por isso a greve vai proteger a Previdência, que está em iminência, a nossa Educação que está ameaçada, e, é claro, a proteção dos direitos que estão na Constituição e estão ameaçados”, afirmou.
Em Goiânia, a manifestação está marcada para as 10h desta sexta-feira (14), no coreto da Praça Cívica. No interior, diversas cidades como Formosa, Iporá e Catalão estão programadas para os protestos.
Confira programação dos atos:
Anápolis; 8h – Praça do Ancião
Aparecida de Goiânia – 10h – ato em Goiânia
Catalão – 8h – concentração no centro da cidade, em frente a Caixa Econômica Federal
Formosa – 8h – Praça Anísio Lobo
Goiás – 13/6, 19h – Audiência Pública “Educação no Contexto de Crise” – 14/06 – 8h – Praça do João Francisco
Goiânia – 10h – Coreto da Praça Cívica
Itapuranga – 8h Centro Cultural Cora Coralina
Itumbiara – 15h30 – Praça da República
Jataí – 9h Concentração Sintego
Itapirapuã – 10h – ao lado da feira coberta
Luziânia – 9h30 – Ato em Brasília, na Praça do Buriti
Mineiros – 8h – concentração no Sintego
Porangatu – 16h30 – Praça da Matriz
Quirinópolis – 8h – Praça da Rodoviária
Silvânia – 8h – Feira Coberta Central
Trindade – 8h – debate sobre a Reforma da Previdência no Sintego – 9h – Ato em Goiânia