Trabalhadores do INSS optam por estado de greve sanitária
Decisão foi tomada devido a pandemia de Covid-19
Trabalhadores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Goiás e do Tocantins optaram pelo estado de greve sanitária, em razão do anúncio da direção geral de um possível retorno do atendimento presencial na próxima segunda-feira (14). A decisão aconteceu durante uma assembleia virtual na manhã desta última sexta-feira (11).
“É importante lembrar que os trabalhos remotos não pararam e que todos serviços podem ser feitos pelo número 135 ou pelo aplicativo e site ‘Meu Inss’. É importante lembrar também que a greve é sanitária”, disse Mauro Oliveira Mota, Diretor de Organização e Politicas Sindicais do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência Social de Goiás e Tocantins (Sintfesp-GO/TO).
Durante a reunião também deliberaram e autorizaram a direção do sindicato a ingressar com ação na justiça para impedir a reabertura de agências nos dois estados. “A categoria e a direção do sindicato, com base em informações técnico-científicas, avaliam que o índice de contaminação pela Covid-19 ainda é altíssimo e as condições ambientais nas Agências da Previdência Social (APSs) não são seguras”, afirmou a entidade.
O sindicato informou, por meio de nota, que os servidores são favoráveis ao melhor atendimento à população, mas isso deve ocorrer com total resguardo da saúde da categoria e da população beneficiária da Previdência Social, o que em meio à pandemia só é possível de forma remota.
Será composta também uma comissão de saúde que visitará as unidades e acompanhará casos de servidores que são do grupo de risco, em caso de exigência de que trabalhem presencialmente.
Vale ressaltar que o estado de greve quer dizer que toda a categoria está alerta, podendo decretar greve a qualquer momento. O Mais Goiás tentou contato com INSS de Goiás e do Tocantins, mas sem sucesso.
*Laylla Alves é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira