Trabalhadores manifestam contra a reforma da previdência, em Goiás
O ato teve o apoio de sindicalistas e servidores do estado que também cobram o salário de dezembro do ano passado
Grupos de movimentos sociais e servidores estaduais participam, nesta sexta-feira (22), da manifestação nacional contra a reforma da previdência. Em Goiás, o ato também cobra os salários atrasados dos servidores referente ao mês de dezembro de 2018.
Os trabalhadores bloquearam uma faixa da BR-153, entre Goiânia e Aparecida. Em seguida, os manifestantes saíram em carreata do Estádio Serra Dourada, passaram pelo Ministério Público, Palácio Pedro Ludovico Teixeira, até chegar no destino final, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), 200 pessoas participaram do ato na rodovia.
Além da capital, o ato aconteceu em diversas cidades do interior de Goiás. Em Uruaçu, Mara Rosa, Jataí e Colinas do Sul, estudantes e professores percorreram as ruas das cidades com faixas.
De acordo com os organizadores do movimento, a reforma da previdência destrói a atual previdência social e solidária, e cria o sistema de capitalização individual. “Se hoje as aposentadorias são custeadas pelos trabalhadores, patrões e governos, com essa mudança, o trabalhador, muito provavelmente, contribuirá sozinho para aposentadoria. Sem garantia de benefício do futuro. O objetivo não é melhorar o sistema atual, na verdade, só querem levar o dinheiro da aposentadoria para os grandes grupos econômicos e os banqueiros”, explica o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Goiás, Mauro Rubem.
Outros benefícios, como aposentadorias especiais, por invalidez, auxílio doença, acidente de trabalho, salário família e salário maternidade, podem deixar de ser pagos pagos no sistema de capitalização.
Para Mauro, o discurso de que existe um déficit na previdência é mentira e desafia algum parlamentar para debater sobre o assunto. “Não existe déficit, existe uma conivência dos governos de não cobrar de seus devores. Essa conta não pode ser paga pelos trabalhadores”.