THIAGO HENRIQUE

Transferência de serial killer para cadeia de Nova Crixás leva temor a policiais penais

Depois de quatro anos preso no Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia, o serial…

Depois de quatro anos preso no Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia, o serial killer Thiago Henrique Gomes da Rocha, de 32 anos, foi transferido para a cadeia de Nova Crixás, cidade distante 383 quilômetros da Capital. A transferência foi realizada sob sigilo, mas, ao tomarem conhecimento nesta quarta-feira (9), policiais penais demonstraram preocupação com a presença de Thiago naquela unidade.

Condenado a 668 anos de prisão por 29 homicídios, Thiago Henrique estava entre os 1133 presos que foram transferidos no sábado (5), do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, para cadeias do interior do estado. Naquela ocasião, o secretário da segurança pública, Rodney Miranda, afirmou que a transferência era necessária para a realização de uma complexa reforma em parte da Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG). O serial killer, porém, não cumpria pena na POG.

Logo que a notícia da transferência de Thiago Henrique se espalhou, vários policiais penais encaminharam mensagens demonstrando preocupação com a mudança para o presidente do sindicato da categoria, Maxsuel Miranda. “É mais do que preocupante, e sem explicação plausível, a transferência de um condenado de tamanha periculosidade, que estava em um presídio de segurança máxima, para uma cadeia pequena, sem estrutura, e sem segurança, como é a de Nova Crixás. Eu prefiro acreditar que nem mesmo o diretor geral sabia dessa transferência, mas ela é apenas um dos vários problemas que aconteceram no último sábado, quando detentos chegaram em cadeias do interior sem qualquer tipo de identificação pessoal”, reclamou.

Por meio de nota, a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) disse que as transferências foram realizadas de forma estratégica, sem qualquer intercorrência. A DGAP ressaltou ainda que Thiago Henrique está isolado dos demais presos, em cela individual, e que a segurança naquela unidade já foi reforçada.

Confira abaixo a nota, na íntegra.

A 1ª Coordenação Regional Prisional informa que as transferências foram realizadas de forma estratégica mantendo a ordem e a disciplina dos ambientes prisionais, sem qualquer intercorrência. As movimentações de presos em Goias são realizadas com base na lei 19.962/2018 em seu artigo 1º inciso III , a qual dispõe sobre autonomia da instituição para realizar transferências de custodiados para presídios de sua responsabilidade. “autonomia e independência do órgão estadual de administração penitenciária para gestão de vagas, implantação e movimentação dos encarcerados.”

A 2ª Coordenação Regional Prisional da instituição salienta que o detento mencionado por este veículo de comunicação está isolado dos demais presos, em cela de segurança reforçada e individual. A Coordenação ressalta ainda que a segurança no local também foi reforçada.

Toda a operação Kaisen foi realizada por ação conjunta das forças de segurança pública (PC, PM, Polícia Científica, Polícia Penal, Bombeiros e PRF) sem qualquer intercorrência, tendo sido planejada já mais de ano, com informações precisas das inteligências policiais e coordenada pela SSP e DGAP.