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Transporte coletivo deve ganhar linhas diretas sem fechar terminais

Em meio a guerra entre empresas e CMTC, usuário segue sem definição de melhorias

Com a pandemia de covid-19 ainda sem controle no estado e as atividades produtivas liberadas através de decreto, as empresas de ônibus,  do consórcio RedeMob, apresentaram plano de fechamento dos terminais para que as aglomerações diminuíssem. A Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), entretanto, considerou a proposta inviável e apresentou um modelo de linhas diretas, sem fechamento dos terminais.

A ideia da Companhia é de que 25 linhas uniriam diretamente os bairros periféricos de Goiânia para a região central da cidade. Os bairros escolhidos são principalmente das regiões Leste, Noroeste e Oeste, com linhas diretas para setores Bueno, Marista e Centro. São as regiões consideradas atrativas de pelo menos 30% dos passageiros.

A CMTC, entretanto, informou ao Mais Goiás que ainda realiza estudos sobre os impactos que as mudanças podem gerar. Como será exatamente o funcionamento das linhas e os itinerários são assuntos ainda sem definição.

A ideia do Consórcio Redemob era, entretanto, fechar os terminais com menor demanda e criar as linhas diretas. As empresas respaldaram a proposta com uma pesquisa realizada entre usuários do transporte coletivo que apontava que 79% se diz a favor das linhas diretas.

Segundo informe da Redemob, o fluxo de passageiros da última quarta-feira (15) foi de 178.647, queda de 66% na demanda de usuários, quando comparado com o período anterior à pandemia de covid-19 na cidade. Segundo o consórcio de empresas, isso demonstra que a demanda não é automática depois da retomada das atividades comerciais em Goiânia.

Propostas

Em nota assinada pelo presidente Benjamin Kennedy, a CMTC elenca oito pontos para a melhoria do transporte coletivo na Região Metropolitana. Entre eles está a alteração da remuneração das concessionárias, que hoje é feita unicamente pela tarifa. Segundo ele, a receita o faturamento deveria ser híbrido, com inclusão de receitas extratarifárias – demanda antiga do setor.

Na nota, a Companhia reforça que a solução de fechamento dos terminais não é viável. Ela aponta ainda que é preciso promover renovação de parte da frota, com 300 novos ônibus, de forma imediata, e mais 600 até 2024. Além de estipular média de idade de cinco anos para ônibus em circulação.

A carta ainda sugere passar o controle do Sistema Integrado da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos para a CMTC, além de passar os terminais e abrigos para gestão da iniciativa privada, por meio de parceria público-privada.