Transporte coletivo: falta de abrigos e ônibus com goteiras dificultam viagens
Pontos sem abrigo e ônibus com goteiras no teto. Estes são alguns problemas enfrentados por…
Pontos sem abrigo e ônibus com goteiras no teto. Estes são alguns problemas enfrentados por por usuários do transporte coletivo durante o período de chuva em Goiânia. Uma leitora do Mais Goiás registrou o momento em que uma mulher abriu um guarda-chuva para evitar se molhar dentro de um dos veículos.
Situação parecida aconteceu no início deste ano com a estudante Ana Carolina Barcelos, de 22 anos, pois a janela de ventilação que fica no teto do ônibus estava emperrada. “Estava chovendo muito e aquele alçapão que fica em cima do ônibus não fechava de jeito nenhum, várias pessoas tentaram fechar e não conseguiram. Eu estava bem embaixo e acabei ficando toda molhada, porque o ônibus estava lotado e não tinha como sair de lá”, contou.
Já Darley Filho, de 21 anos, reclamou da falta de ventilação nos veículos do transporte coletivo. “Quando chove tem que fechar as janelas para não molhar os passageiros e como não tem nenhum sistema de ventilação fica muito abafado, a ponto de algumas pessoas passarem mal”, disse.
A Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) é a responsável pelo serviço na Capital. Em relação à foto que mostra passageiros se molhando dentro de um ônibus, a RMTC disse, por nota, que esta não é uma situação comum dentro dos ônibus da Capital e da Região Metropolitana.
Também em nota, a RMTC pediu aos clientes que presenciarem situações parecidas que entrem em contato e informem a data, horário da viagem, número do veículo e da linha, para que o ônibus seja identificado e passe pelos reparos necessários.
Pontos de ônibus
Outra situação que dificulta a vida de quem utiliza o transporte público diariamente é a falta de abrigos nos pontos de ônibus. Segundo dados do Plano de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Goiânia, 50,5% dos pontos de embarque e desembarque de passageiros não possui abrigos.
Só em Goiânia são 1.477 pontos de ônibus sem abrigos. Esse valor corresponde à 42% do total de pontos da Capital. Em tempos de chuva, os abrigos são essenciais para proteção dos passageiros que precisam esperar pelas linhas. Além do tratamento dos pontos, a construção adequada das calçadas é de extrema importância.
Ainda de acordo com o Plano de Desenvolvimento Integrado, os pontos de parada necessitam de equipamentos como abrigo, iluminação própria, banco, lixeira, mapas e informações operacionais sobre a rede de transporte. Além disso, com os avanços tecnológico, é possível veicular os horários das linhas em tempo real.
Os pontos de embarque e desembarque contribuem diretamente na qualidade do serviço, já que é o primeiro contato dos usuários com o sistema. Apesar disso, muitos pontos de ônibus estão em péssimas condições de uso em Goiânia.
Em nota, a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) informou que está aguardando a liberação de recursos para iniciar processo licitatório para a colocar abrigos em pontos de ônibus que não possuem o recurso. Ainda não há previsão para o início deste procedimento.
*Juliana França é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo