Travesti que matou homem após ser assediada é condenada a 12 anos de prisão
Com o nome de registro de Rafael dos Santos Rodrigues, a atravesti, que não teve o nome social divulgado, matou Vilmony Mendes Queiros com uma facada no peito dentro da boate voltada ao público LGBTI
A travesti que tem o nome de registro Rafael dos Santos Rodrigues foi condenada a 12 anos e seis meses de prisão por homicídio qualificado por uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A condenação é pela morte de Vilmony Mendes Queiros. O crime foi em junho de 2014, dentro da boate voltada ao público LGBTI, Total Flex, que ficava no Setor Oeste, em Goiânia.
A travesti, que não teve o nome social divulgado, foi levada a juri popular na manhã desta terça-feira (10). A decisão foi dada pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos Contra a Vida. A defesa tentou desqualificar o crime como agressão seguida de morte e legítima defesa, mas o juiz não aceitou. A pena será cumprida em regime fechado.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), Rafael é travesti e teria ficado revoltada com o fato de Vilmony ter se aproximado e apertado as nádegas dela. Houve uma discussão e, logo depois, uma briga, que só terminou com intervenções de pessoas que estavam no local.
Logo após, Rafael voltou munida com uma faca e esfaqueou a vítima na altura do peito. Vilmony foi arrastada para fora da boate por seguranças do estabelecimento e morreu na calçada. Rafael fugiu com o auxílio de outra travesti, mas deixou cair um bolsa com documentos pessoais e foi presa em outro do ano passado pela polícia.