Travestis são presas suspeitas de exploração sexual, em Aparecida de Goiânia
PC investiga que as duas cobraram por pontes de prostituições de 20 travestis. Em caso do não pagamento, as mulheres ameaçavam-as de morte
Duas travestis foram presas, nesta quinta-feira (8), suspeitas de exploração sexual em Aparecida de Goiânia. Francisco Viana, que adota o nome social Tchesca, e Leonardo de Jesus, chamada de Rafaela, foram detidas na deflagração da Operação Fada Madrinha, deflagrada pela Polícia Civil (PC). As investigações também apontam que elas eram tidas como donas de pontos de prostituição e que cobravam por esses lugares.
Segundo o delegado Diogo Barreira, cerca de 20 travestis eram extorquidas ao pagarem uma quantia para ficar no ponto. “Caso não fizesse esses pagamentos, elas eram ameaçados de morte. Temos conhecimentos de um caso que a vítima foi agredida e teve que se fingir que estava morta. Com a situação, ela fugiu para outro Estado”, pontua o delegado.
A operação cumpriu quatro mandados de busca e apreensão e dois de prisão. Segundo o delegado, o objetivo da operação é combater o tráfico de pessoas, casas de prostituição, extorsão, trabalho escravo, tentativa de homicídio e rufianismo.
As vítimas teriam sido aliciadas com a promessas de cirurgias plásticas e até de mudança de sexo. O Bairro Nossa Senhora de Lourdes foi o palco da operação devido à grande quantidade de motéis que existem na região. Diogo ainda pontua que Rafaela é tida como uma das líderes do grupo. Ela também teria tentado extorquir o dono de um motel.
A investigação também analisa a hipótese de que elas faziam tráfico de pessoas. As duas estão presas na 2° Delegacia Regional da cidade.