TRE-DF nega habeas corpus a advogado Bruno Pena, preso na Operação Fundo do Poço
Defesa diz que irá recorrer e tentará novo HC junto ao TSE

O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) negou, nesta segunda-feira (17), por 4 votos a 2, o pedido de habeas corpus do advogado goiano Bruno Pena, preso a partir da Operação Fundo do Poço da Polícia Federal. A defesa afirmou que irá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Vamos impetrar outro habeas corpus no TSE e também outro pedido para o juiz de primeiro grau apresentando fatos novos”, destaca Júlio Meirelles, que faz parte da defesa de Bruno Pena. Além dele, Danilo Vasconcellos e Guilherme Mota participaram da sessão em Brasília.
Entre o relatório que balizou a manutenção da prisão, o desembargador Renato Guanabara destacou que Bruno estava associado a uma quadrilha liderada por Eurípedes Júnior, ex-presidente do Pros e que poderia repetir as mesmas articulações durante as eleições de 2024.
“De fato, há fortes indícios que o grupo comandado por Eurípedes Júnior, possui um modus operandi que coloca em risco a ordem pública, sendo necessário que neste estágio que o paciente pertencente ao núcleo chave, os advogados, permaneçam presos”, destaca.
Meirelles contesta a posição do magistrado. “O fundamento apresentado pelo relator para a manutenção da prisão do Bruno é absurdo. Ele não é dirigente partidário, sequer é filiado e a direção executiva do partido já é outra”, destacou fazendo menção a troca de comando no Solidariedade, partido que o Pros foi incorporado. “O voto do relator demonstra a confusão que faz entre atos de Eurípedes Júnior e a atuação profissional lícita da Advocacia exercida pelo Bruno”, complementa a defesa.