ABUSOS

Treinador de vôlei é preso por suspeita de abusos sexuais contra 18 alunos, em Anápolis

Investigação revela série de abusos perpetrados no ambiente escolar e durante as caronas

Pedro Leandro Castro Pereira Araújo, um professor de educação física e treinador de vôlei de 34 anos, foi detido em Goiânia sob acusações de abusos sexuais contra pelo menos 18 alunas, com idades entre 13 e 18 anos, na cidade de Anápolis, situada a 55 Km de Goiânia. A polícia alega que o suspeito conquistou a amizade das vítimas para estabelecer uma falsa sensação de “intimidade” para facilitar a prática dos crimes sexuais.

De acordo com o delegado Jorge Bezerra, a própria escola denunciou os crimes à polícia, depois de tomar ciência das denúncias. A partir de então, a Polícia Civil delineou o perfil de atuação do suspeito.
O modus operandi de Pedro envolvia exibir vídeos pornográficos às vítimas, 

“Ele começava a mostrar vídeos pornográficos, depois, a constrangê-las sobre a sexualidade. Por fim, passava a fazer algumas massagens, com toques inadequados nas partes íntimas desses alunos. Ele chegou a tocar nos seios de uma garota e a praticar sexo oral em um aluno”, detalhou o delegado.

Prisão e investigação

Pedro foi preso na última sexta-feira (15) em Goiânia, e durante uma busca em sua residência, foram apreendidos dispositivos eletrônicos para perícia. Uma das vítimas diz que o suspeito mostrou uma foto de outro estudante nu a ela.

O Colégio Couto Magalhães, uma das escolas onde o acusado trabalhava, afirmou ter agido prontamente, desligando-o de imediato. Todas as 18 vítimas frequentam a mesma instituição.

A polícia, por sua vez, divulgou o nome do suspeito para estimular que outras eventuais vítimas denunciem os atos.

Treinador de vôlei dizia que massagem era para “liberar os músculos”

A defesa de Pedro Leandro optou por não fazer declarações no momento. As investigações indicaram que o suspeito alegava que as massagens tinham o propósito de “liberar os músculos” dos estudantes. O delegado enfatizou que os crimes ocorreram não apenas dentro do ambiente escolar, mas também durante as caronas oferecidas pelos acusados.

Carona: tentativas de estupro ocorriam no carro do professor, aponta PC

Os abusos mais graves aconteciam em um veículo, envolvendo situações de sexo oral e tentativa de estupro. “Dentro desse veículo ocorreram casos absurdos, alguns se referem a sexo oral e tentativa de estupro. São fatos gravíssimos. [Na escola] existia uma sala que se guardavam as bolas e, eventualmente, ele chamava um ou outro aluno para essa salinha e praticava os crimes”, completou.