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Três maternidades de Goiânia suspendem cirurgias e atendimento de novos pacientes por falta de insumos

Fundahc declarou que a dívida da SMS com a organização ultrapassa R$ 67 milhões

Na última quinta-feira (20), três maternidades públicas em Goiânia suspenderam as cirurgias eletivas e decidiram não admitir novos pacientes devido à carência de insumos. Segundo a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc), responsável pela administração do Hospital e Maternidade Dona Íris (HMDI), da Maternidade Nascer Cidadão (MNC) e do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), a dívida da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) com a organização ultrapassa R$ 67 milhões.

A Fundahc explica que o repasse de verbas está atrasado e, consequentemente, a gestão das unidades de saúde não consegue adquirir itens básicos para o funcionamento, tais como produtos de higiene, comida, medicamentos, soro, seringas, toucas, luvas e máscaras, além de não conseguir pagar os funcionários.

Em virtude disso, a Fundahc suspendeu os procedimentos eletivos, como cirurgias e colocação de DIU, e interrompeu o agendamento de procedimentos não urgentes nas três maternidades citadas, que também não está aceitando internações.

A organização destaca que os atendimentos de urgência e emergência continuam sendo realizados.

Segundo a Fundahc, em conjunto, as três unidades de saúde realizam cerca de mil partos por mês, 17 mil exames laboratoriais e de imagem, incluindo mamografias e ultrassonografias, 3,4 mil consultas médicas, 150 cirurgias não urgentes e 5,8 mil atendimentos de urgência e emergência.

Por fim, a fundação expressa sua disposição para o diálogo e aguarda uma resolução definitiva e imediata para o problema. “A questão não é a falta de um profissional ou outro, mas sim a incapacidade de obter soro, gaze ou alimentação. Uma unidade de saúde só pode funcionar com qualidade e eficiência quando todos os envolvidos fornecem adequadamente seus produtos e serviços”, conclui a Fundahc.

Posicionamento

O Mais Goiás entrou em contato com a SMS, que enviou a seguinte nota. Leia na íntegra:

A respeito dos questionamentos realizados sobre o funcionamento do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece o que se segue:

– Na manhã desta sexta-feira (21/07), representantes da secretaria estiveram reunidos com diretores da maternidade para uma negociação. 

– A unidade de saúde está de portas abertas e atendendo normalmente os casos de urgência e emergência. 

– Nenhum atendimento deixou de ser realizado e, independente de qualquer  negociação, a população não sofrerá prejuízos.