Três membros de uma família são presos suspeitos de assassinato em Itaberaí
Alvo seria o filho de uma das vítimas, que não estava na casa. Após o crime, autor dos disparos e comparsa comemoraram a execução em um cabaré
Quatro pessoas, três delas de uma mesma família, foram presas pela Polícia Civil (PC) suspeitas de participação em um duplo homicídio, ocorrido no final da noite de quarta-feira (6), em Itaberaí, cidade distante 100 quilômetros de Goiânia. As investigações apontam que o casal executado teria sido morto no lugar do filho de uma das vítimas, que já havia se relacionado com uma das indiciadas.
Ronimar Rodrigues de Mendonça, de 48 anos, e sua esposa Rosimeire Cândido da Silva, de 47, foram mortos a tiros dentro da casa onde moravam, na Rua Doutor Brasil Caiado, na Vila Leonor. Com informações repassadas por vizinhos do casal, que escutaram os disparos e viram dois homens fugindo em um Chevette, agentes do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de Itaberaí chegaram até o dono do carro, Rafael Lopes Barbosa, que já possuí inúmeros antecedentes criminais e mora em Itauçu.
A Polícia Civil, então, descobriu que Rafael tinha sido chamado pela ex mulher do filho de uma das vítimas, pela mãe, e pelo irmão dela para praticar o crime. “A Rosimeire tem um filho que se chama Iago, e que havia se relacionado com a Jokassya Evangelista. Os dois moravam no Mato Grosso, mas como o relacionamento não deu certo, a Jokassya voltou para a casa de um ex companheiro, que mora em Itaberaí. Na manhã do último dia seis, o Iago foi até a casa dela, a agrediu, tomou o celular, divulgou mensagens dela conversando com outros homens, e ainda danificou a camionete no companheiro dela com um pedaço de madeira. Foi quando ela contou o caso para sua mãe, Simone Evangelista da Silva, e para seu irmão, Jonathan Junior Evangelista da Silva. Eles, então, revolveram chamar o Rafael para matar o Iago”, descreveu o delegado Kléber Toledo, titular do GIH de Itaberaí.
Mais detalhes sobre o assassinato em Itaberaí
Na noite do crime, ainda segundo o delegado, Jonathan e Rafael seguiram ao imóvel onde morava Iago, bateram palmas, e gritaram pelo nome da mãe dele. Rendida na porta da casa, Rosimeire foi colocada de joelhos e executada com um tiro na testa. O marido dela também morreu da mesma forma. “Como eles não encontraram o Iago lá dentro, decidiram matar o casal. Logo após, eles comemoraram o crime em um cabaré em Itauçu”, destacou o titular do GIH.
Em depoimento, Jokassa e Jonathan confessaram participação no duplo homicídio e afirmaram que toda a trama criminosa foi articulada pela mãe deles, Simone Evangelista da Silva, que também acabou presa. Eles e Rafael responderão por duplo homicídio qualificado, e, se condenados a pena máxima, podem passar mais de 25 anos na cadeia.
Um ex-policial militar que vive com Jokassa e que teve a camionete danificada por Iago também foi preso temporariamente. Contudo, ainda não há comprovação de que ele teria participado no duplo homicídio. Segundo a Polícia Civil, a divulgação dos nomes e imagens dos indiciados foi autorizada através do Despacho nº 748/2021 – 4ª DRP no Processo SEI 202100007078557, nos termos da Portaria n° 547/2021-DGPC.