Agressão

Três mulheres são condenadas pelo crime de tortura em Rio Verde

A juíza Tatianne Marcella Mendes Rosa Borges, de Rio Verde, condenou três mulheres a pena…

A juíza Tatianne Marcella Mendes Rosa Borges, de Rio Verde, condenou três mulheres a pena de mais de nove anos de reclusão, cada uma, em regime inicial fechado, por terem torturado a tia de duas delas. Utilizando de violência e grave ameaça com intuito da vítima confessar que mantinha um caso com o marido de uma das sobrinhas. Também foram condenadas pelos crimes de injúria e por terem furtado o celular da vítima.

Provas contundentes
Para a juíza, tudo está comprovado pelo boletim de ocorrência, laudo de exame médico do corpo de delito da vítima, ficha de atendimento do paciente, laudo de exame de lesão corporal complementar e fotos.

Em depoimento, o marido da vítima conta que tudo aconteceu por inveja das três, pois sua família é a única com pai presente. A soma unificada aplicada à mulher a qual se disse traída e à sua irmã, foi de 9 anos e 10 meses de reclusão. A primeira foi penalizada também com 30 dias-multa e, a segunda, com 20 dias-multa, todas no valor de 1/30 dos salário mínimo vigente. À mãe delas, foi aplicada a pena de 9 anos e quatro meses de reclusão, mais 20 dias-multa.

Agressões

Uma das sobrinhas tomou conhecimento que a tia estava mantendo um relacionamento extraconjugal com o seu marido, e junto de sua mãe e sua irmã, no dia 9 novembro de 2016, chamaram a vitima em sua casa, no Parque Bandeirantes. Ao chegar, a mulher foi jogada no chão aos pontapés e agredida com tapas na cara e chutes. As agressoras fizeram menção de furar os seios e cortar o pescoço da mulher, além de amarrarem suas mãos e amordaçarem sua boca.

Vidro de pimenta
As agressoras tentaram inserir um vidro de pimenta nas partes íntimas da mulher, mas não conseguiram pois ela cruzou as pernas. Durante as agressões foi chamada, dentre outras coisas, de “nordestina morta de fome” e usaram um pedaço de pau com um prego na ponta e uma corda amarrada para para bater na sua cabeça, rosto, costas e em outras partes do corpo.

De acordo com a vítima, as mulheres diziam que iam jogá-la no rio e matariam seus filhos. Elas roubaram o seu celular e, sob ameaça, foi obrigada a gravar um vídeo falando da traição. Mesmo machucada, conseguiu sair da casa assim que viu o portão da frente abrindo. Muito fraca, ela caiu na rua, quando uma pessoa se aproximou e a ajudou a chamar um táxi. A mulher ficou internada por dois dias e demorou dois meses para se recuperar dos ferimentos, pois teve uma costela quebrada e ficou com o rosto desconfigurado.

*Fabrício Moretti é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo