Três são indiciados pela morte do ex-prefeito e da ex-primeira-dama de Matrinchã
Cada um dos acusados tinha motivações diferentes para o crime
O delegado Valdemir Pereira da Silva, titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), apresentou na manhã desta sexta-feira (19) os resultados do inquérito policial quanto aos assassinatos do prefeito de Matrinchã, Daniel Antônio de Souza, de 50 anos, e da primeira-dama, Elizeth Bruno de Bastos, de 40.
Segundo as apurações, o delito foi planejado pelo ex-secretário de Finanças da prefeitura Hélio Alves Soyer, de 66 anos, o amigo dele Dalmi Félix da Cruz, de 55, e o ex-secretário de Administração Cleib Bueno de Morais, de 40. Cada um tinha suas próprias motivações para o crime.
Hélio alegou sentia raiva pelo prefeito por conta das “humilhações constantes e reiteradas”que sofria. Cleib tinha interesse político, uma vez que planejava assumir a prefeitura futuramente. Já Dalmi participou motivado por interesses comerciais, para que a execução das obras da prefeitura fossem direcionadas para ele.
O crime teria acontecido durante uma reunião entre o prefeito, a primeira-dama, Dalmi e Hélio, no da 4 de agosto do ano passado, na chácara do casal, localizada no Setor Agrovila, a cerca de 2 quilômetros da cidade. “Enquanto a mulher estava no quintal, Dalmi deu uma martelada na cabeça de Daniel, e Hélio cortou o pescoço dele. Quando a mulher entrou na casa e viu o marido morto, também recebeu um golpe de martelo e teve o pescoço cortado”, relatou o delegado.
Hélio e Dalmi foram indiciados por homicídio qualificado contra as duas vítimas, podendo pegar penas de 12 a 30 anos de reclusão. Já Cleib responderá por homicídio qualificado somente quanto à morte de Daniel, já que os interrogatórios apontaram que ele não participou da morte de Elizeth. A mulher foi assassinada apenas por estar perto de Daniel.