Três vereadores são presos por suspeita de “rachadinha” em Cristalina
Investigações começaram no último trimestre de 2019, e foram motivadas por denúncias dos próprios funcionários
Na manhã desta terça-feira (10), o Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio das promotorias de Justiça de Cristalina, deflagrou a operação Toma Lá Dá Cá. Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva contra vereadores do município goiano.
De acordo com os promotores de Justiça Ramiro Carpenedo Netto e Fernando Martins Cesconetto, a investigação apurou a prática da rachadinha por parte de três vereadores da cidade. Ou seja: eles são investigados por supostamente pegar parte do salário de servidores públicos.
Os suspeitos são: o presidente da Câmara, Pablo Magela (MDB); Marquinho Abrão (PRP) e Silvano da Rádio (PSDB). Segundo Ramiro Carpenedo, as investigações começaram no último trimestre de 2019 a partir de denúncias dos próprios funcionários. Os suspeitos estão em prisão preventiva e serão ouvidos pelo MP.
“Serão analisados os materiais recolhidos, que foram extratos bancários, dinheiro em espécie, celulares, computadores, documentos diversos, anotações, agendas e o que chamou mais atenção: um rádio amador que estava na frequência da Polícia Militar (PM)” explica o promotor de Justiça Ramiro.
De acordo com a Câmara Municipal de Cristalina, a presidência foi assumida de forma interina pelo segundo secretário da Câmara; José Orlando de Paiva (PSD).
O MP não tem o valor total de quanto os vereadores lucraram por meio da rachadinha. O Mais Goiás entrou em contato com a Câmara Municipal da cidade, que disse que até o momento que a matéria foi publicada não tinha um posicionamento.
O portal também tentou entrar em contato com a defesa dos suspeitos, mas eles não foram interrogados, por isso o MP não tem o nome dos advogados.
*Laylla Alves é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira