Trio é preso com arsenal que seria usado para explodir caixas eletrônicos, em Anápolis
Suspeitos são integrantes de uma associação criminosa que compõem a modalidade criminal conhecida como "novo cangaço"
Três homens foram presos com um arsenal que seria utilizado para assalto a bancos e explosões de caixas eletrônicos em diversas cidades do estado. Mário Henrique Lopes, de 32 anos, Paulo Victor Maia Lopes, 30, e Marcos Antonio José Martins, de 27, foram presos em Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia, e são suspeitos de compor a modalidade criminosa conhecida como “novo cangaço”.
O major Saliba, da Polícia Militar (PM), conta que foi possível capturar todo o trio após efetuar a prisão de Paulo Victor, no último sábado (18). Ele usava documentos falsos na cidade. “Após essa prisão, realizamos outras diligências pela cidade e conseguimos encontrar Mário, irmão de Paulo, junto com algumas armas na tarde de ontem”, relata.
Segundo o policial, uma parte das armas estavam divididas na casa de Mário, na Vila Jaiara. Em uma nova diligência, os policiais encontraram Marco Antonio em outra casa, também no mesmo setor, com outra parte do armamento. “Acreditamos que eles já estavam cientes da prisão do Paulo Victor e decidiram dividir o arsenal para levantar menos suspeitas”, destaca.
Além das casas, haviam munições escondidas dentro de dois veículos, uma VW Saveiro e um Toyota Corolla. Esses carros, segundo o policial, auxiliavam o grupo na logística criminosa. Um lava-jato, localizado no Centro da cidade, também servia como esconderijo para as armas e munições. Segundo o major, já foi informado a possível ação do grupo nas cidades de Jataí e Rio Verde. “Era nessas localidades que eles mais agiam. Para disfarçar, o Paulo Victor chegou a abrir um comércio de bebidas em Anápolis. Apesar disso, eles só confirmaram que estavam guardando as armas, mas não destacou em qual cidade eles agiriam ou de onde essas armas eram trazidas”, conta.
Com o grupo, os policiais apreenderam três fuzis calibre 7,62 milímetros, uma carabina calibre 22, 657 munições calibre 7,62, 69 munições calibre 50, seis carregadores calibre 7,62, três carregadores calibre 22, um carregador modelo caracol calibre 9 milímetros e diversos materiais que auxiliavam na explosão de caixas eletrônicos e cofres bancários.
Mário já possui passagens pela polícia por furto, homicídio, tráfico de drogas e tentativa de homicídio. Já Paulo Victor possui passagens por roubo, homicídio e associação criminosa. Marcos Antonio não possuía registros criminais. O trio foi encaminhado para a Delegacia de Polícia da cidade e, posteriormente, serão encaminhados para o presídio local.