Trio suspeito de aplicar golpe em venda de carro pela internet é preso em Goiânia e região
Trio foi preso nesta quarta-feira (8) nas cidades de Goiânia, Senador Canedo e também no estado do Tocantins.
Três pessoas são suspeitas de aplicarem golpe em venda de carro pela internet. Segundo a Polícia Civil, através de anúncios por sites ou redes sociais, os investigados diziam estar vendendo um carro com parcelas de cerca de R$ 5 mil.
Porém, quando as vítimas demonstravam interesse ou mesmo fechavam negócio, eram enganadas pelos suspeitos.
De acordo com a polícia, o trio foi preso nesta quarta-feira (8) nas cidades de Goiânia, Senador Canedo e também no estado do Tocantins. Dois dos presos teriam vendido as contas bancárias para recebimento dos valores solicitados no golpe.
O terceiro suspeito, agora preso, seria responsável um dos líderes do grupo que cometia os crimes. As investigações prosseguem com o objetivo de identificar outros envolvidos e desmantelar toda a associação criminosa.
Entenda como funcionava o golpe em venda de carro pela internet
A investigação aponta que quando algum interessado entrava em contato com o número informado no anúncio, o anunciante se identificava como Sargento do Corpo de Bombeiros Militar.
Dizia que acabava de vender seu veículo, mas que tinha um familiar, que era pastor, que também estaria vendendo um veículo com condições semelhantes.
A vítima entrava em contato com a pessoa indicada, que geralmente se identifica como Pastor da Igreja Evangélica.
Esse segundo envolvido relatava que estaria fechando a venda para um “garageiro”, mas que não finalizou os termos. Tudo isso, para pressionar a vítima a agilizar a proposta e não perder o negócio.
Ainda segundo as investigações, quando a vítima demonstrava interesse, o golpista dizia que trabalhava em uma empresa – fictícia – e que estava resolvendo uma pendência judicial de pensão com sua ex-mulher.
Por esse motivo, estava vendendo o veículo com tanta urgência, já que precisava fazer a transferência do valor para a conta indicada, senão ficaria com problemas na Justiça.
Quando a vítima caía no golpe e realizava a transferência do valor solicitado, o golpista dizia que havia “feito uma besteira”, por não entender muito bem de tecnologias e que havia passado a conta errada.
Além disso, o golpista afirmava que a conta que ele passou tinha um limite diário e que o dinheiro que a vítima mandou estava bloqueado até o dia seguinte.
Caso a vítima quisesse continuar com o negócio, seria necessário que ela fizesse uma outra transferência, no mesmo valor. Dessa forma, o criminoso passava uma conta diferente, que dizia ser de outro familiar, e recebia novamente o valor.
Narrativas para envolver a vítima faziam parte de golpe em venda de carro pela internet
De acordo com o delegado Marco Aurélio Euzébio, responsável pelo caso, o valor que geralmente era solicitado pelos criminosos é de R$ 4.998,98.
O investigador afirma que durante os golpes, os criminosos diziam que esse valor seria abatido no valor do carro, que se a vítima pagasse o negócio estaria fechado e que o golpista dispensaria o “garageiro”.
O investigador aponta ainda que o para dar maior fidelidade a sua narrativa, o golpista sempre passava o endereço e o telefone da empresa onde supostamente trabalhava, além de um endereço de onde morava, sempre na cidade de Trindade, para a vítima certificar sobre sua índole.
No entanto, todos eram fictícios e o número era de uma comparsa, que confirmava para as vítimas as informações que o golpista repassou.
*Larissa Feitosa compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Hugo Oliveira.