Triunfo arrecada R$ 500 milhões/ano e alega prejuízos para justificar aumento de pedágio em Goiás e Minas

A Triunfo Concebra divulgou nesta sexta-feira (1) os novos valores de pedágios que serão cobrados a partir deste domingo (3). Segundo a Triunfo, o aumento é por causa de prejuízos que a empresa enfrenta desde a redução das tarifas em julho de 2020.

Mesmo a diretoria da empresa admitindo que em 2017, o faturamento foi superior a R$ 500 milhões, quando o pedágio era R$ 6,90. O prejuízo é justificado com a redução de 40% no valor cobrado, em julho de 2020.

“Com esse novo reajuste, voltamos ao patamar de R$ 500 milhões por ano, mas o custeio da empresa é muito próximo do valor arrecadado. Tivemos prejuízos desde o programa de concessões”, afirma o diretor Executivo da Triunfo, Thiago Vitorello.

O maior reajuste é no trecho da BR-153 em Itumbiara, onde os automóveis pagarão R$ 9,00. Já em Alexânia, o valor será de R$ 6,90; em Goianápolis R$ 5,10; Professor Jamil R$ 7,40 e Prata R$ também será R$ 7,90.

Durante entrevista coletiva, o diretor chegou a afirmar que mesmo com o aumento de 110%, os pedágios administrados pela Triunfo são os mais baratos do país. “A nossa tárifa atual é a menor do país, o pedágio da concessionária da região de Anápolis cobra R$ 10,22 por 100 KM”, afirma o diretor.

A Triunfo é responsável atualmente por mais de mil quilômetros de rodovias federais, entre elas, BR 153, 060 e 262, que vão de Brasília (DF) até Betim (MG). E, defende ainda que o pedágio atual (R$ 2,90 para cada 100 KM) é insuficiente para os serviços necessários nas rodovias.

A concessionária assinou um contrato de devolução de concessão com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), onde o Governo Federal terá 20 meses para a preparação de um novo leilão para outra empresa assumir, sem interrupção dos serviços prestados, a gestão dos trechos rodoviários.