SEGUNDA VEZ | DEBAIXO D'ÁGUA

“Tudo foi danificado”, diz dono de fábrica de joias inundada em Itapirapuã

Móveis, produtos e joias ficaram danificados. Esta é a segunda vez que a empresa, que emprega 60 pessoas, fica alagada

“Tudo foi danificado”, diz o proprietário de uma fábrica de joias inundada pela segunda vez em Itapirapuã. (Foto: reprodução)

O sentimento do dono de uma fábrica de joias inundada em Itapirapuã é de tristeza e impotência. Local ficou alagado depois que um córrego nas proximidades transbordou após forte chuva na madrugada do último sábado (7). Móveis, computadores e caixas com produtos fabricados foram atingidos. “Tudo foi danificado”, diz o proprietário. Esta é a segunda vez que o lugar, que emprega 60 pessoas, passa por essa situação.

Era por volta das 7h de sábado (8) quando o dono do local, José Xavier, e funcionários chegavam na fábrica para trabalhar e se depararam com a inundação. O homem conta que a empresa fica em uma chácara no centro da cidade. Pelo terreno, segundo ele, passa um pequeno córrego, que transbordou com a intensa chuva do final de semana.

“Quando chegamos já estava tudo alagado. O prejuízo é grande. Perdemos quatro computadores, materiais para fabricação e kits de joias. Mesas, armários e diversas caixas de produtos ficaram danificados”, relatou. Prejuízo em valores ainda não foi calculado.

A fábrica funciona no local há cerca de quatro anos e já foi alvo de alagamento em outra ocasião. Da primeira vez, de acordo com José, o prejuízo foi maior, já que a empresa estava em processo de mudança. “Naquela época havia caixas espalhadas por todo o chão. Nas duas situações, porém, são coisas que causam sentimento de tristeza”, disse.

Problema antigo

José Xavier afirma que saiu de Goiânia há aproximadamente seis anos para instalar a fábrica em Itapirapuã. Ele conta que ficou em um local por cerca de dois anos e, com o crescimento da empresa, resolveu construir o comércio na localização atual. O problema, no entanto, é uma rua próxima à fábrica que possui área mais baixa e recebe água de vários lugares durante as precipitações. O lugar, segundo relata, não possui estrutura para escoar o volume de água.

“Há muito tempo venho pedindo a prefeitura para melhorar o escoamento nesse lugar. A prefeita chegou a ir no escritório, mandou engenheiro, mostramos a situação e apresentamos propostas, mas a providência real não foi tomada. A consequência do descaso é o alagamento e prejuízo na fábrica”, criticou.

Para ele, a situação gera o sentimento de impotência. “A gente fica de mãos atadas. Não recebemos nenhuma ligação da prefeitura, o apoio que temos é da população. Vamos continuar no local, a luta continua. Esse é nosso ganha-pão. Se resolvermos sair são 60 famílias desempregadas”, afirma.

O Mais Goiás tentou contato com a prefeitura em busca de um posicionamento acerca do problema mencionado e aguarda retorno.