DESCOBERTA

UEG confirma novas espécies de pseudoescorpiões

Animais foram descobertos na caverna Furna do Morcego, no Parque Nacional de Catimbau, em Pernambuco

A Universidade Estadual de Goiás (UEG) confirmou duas novas espécies de pseudoescorpiões, pequenos aracnídeos com 1,5 milímetro de tamanho. A informação foi confirmada no último dia 13 de maio, em publicação de artigo científico – “Two new cave-dwelling pseudoscorpion species (Arachnida: Pseudoscorpiones) from Northeastern Brazil” (Duas novas espécies de pseudoescorpiões cavernícolas (Arachnida: Pseudoscorpiones) do Nordeste do Brasil, em tradução livre) – na revista Zootaxa, da Nova Zelândia.

O estudo é de autoria do professor Dr. Everton Tizo, da UEG, do doutorando em Recursos Naturais do Cerrado da Universidade Estadual de Goiás (Renac-UEG), Edwin Dedoya-Roqueme, e dos professores doutores Eder Barbier, da Universidade Federal de Pernambuco, e André Felipe de Araújo Lira, da Universidade Federal de Campina Grande. Fãs dos livros de J.R.R. Tolkien, os pesquisadores deram às novas espécies os nomes de Gollum e Smaug, personagens de O Senhor dos Anéis e o Hobbit.

Vale citar, os animais foram descobertos na caverna Furna do Morcego, no Parque Nacional de Catimbau, em Pernambuco, por Eder Barbier, da Universidade Federal de Pernambuco. A confirmação, contudo, foi feita pelo laboratório de Ecologia Comportamental de Aracnídeos da UEG, em Anápolis.

O professor da UEG, Everton Tizo, detalha porquê “pseudoescorpiões”. “Embora se pareçam com os escorpiões verdadeiros, por causa das pinças, os falsos escorpiões não possuem o pós-abdome e o aguilhão inoculador de veneno, além de serem muito menores. Eles se abrigam sob as cascas de árvores, em meio às folhas no chão de florestas e nas frestas de rochas em cavernas. Alimentam-se de pequenos invertebrados e são inofensivos às pessoas.”

Ele argumenta, ainda, que o País possui a quinta maior fauna de falsos escorpiões. Ao todo, são 182 espécies – agora, 184. De acordo com o estudioso, estes animais contribuem para o controle das populações de pequenos invertebrados que ocorrem nos diferentes ambientes. Ainda assim, a diversidade deste grupo é pouco conhecida para a maioria dos biomas brasileiros.