UEG, empresa e motorista deverão indenizar vítima de acidente de trânsito em Anápolis
Dois dos condenados recorreram da decisão
A Universidade Estadual de Goiás (UEG), uma empresa que loca veículos para o Estado e um motorista foram condenados a indenizar um homem vítima de acidente de trânsito em Anápolis. O acidente aconteceu em 2016, mas a condenação só foi proferida agora, pela Vara da Fazenda Pública Estadual da comarca de Anápolis. Dois dos condenados recorreram da decisão.
De acordo com o advogado João Victor Duarte Salgado, que representa a vítima, explicou que o jovem, à época com 26 anos, conduzia uma motocicleta Honda Pop na BR-060, quando foi atingida pela traseira por um Ford Ka, o qual estava a serviço da UEG.
Segundo o defensor, não houve omissão de socorro na hora do acidente. “Chamaram a emergência, mas o meu cliente, que era frentista de um posto de combustíveis, perdeu o baço e sofreu um abalo psicológico grave, o que gerou a incapacidade parcial de laborar”, disse.
Por conta dos traumas, tanto físicos quanto psicológicos, a defesa pediu danos materiais pelo valor gasto para reparo da motocicleta; danos morais em razão do abalo causado pelo acidente na vítima; danos estéticos pela perda do baço e pensão vitalícia devido a perda parcial da capacidade de trabalhar.
Conforme João Victor, os réus alegaram que a culpa do acidente era da vítima, já que o farol traseiro estaria queimado. Apesar da alegação, foi constatado que o item havia sido trocado há pouco tempo e foi comprovado que não estava queimado.
Condenação
Ainda segundo o advogado, a vítima hoje tem 32 anos e ainda sofre com as consequências do acidente. “Foi feita perícia com uma psicóloga que comprovou que o abalo psicológico dele foi decorrente de tudo que aconteceu”, afirma.
A UEG, a empresa e o motorista do veículo no dia do ocorrido foram condenados a pagar R$ 2,3 mil de danos materiais, R$ 8 mil de danos estéticos, R$10 mil danos morais e 50% do salário-mínimo vigente em cada ano durante toda a vida da vítima, a contar da data do acidente.
O Mais Goiás tentou contato com a UEG em busca de um posicionamento e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestação.