UFG cria aparelho que mede oxigenação no corpo depois da covid-19
Criado para monitorar meio ambiente, sensor poderá auxiliar também auxiliar tratamento de pacientes com Covid-19
A Universidade Federal de Goiás (UFG) conseguiu uma patente de sensor de oxigênio em fluidos. A instituição informou que trata-se de um sensor acessível para determinar o nível de oxigênio em fluidos, uma vez que a Covid-19 causa redução de oxigenação no sangue e, por isso, o monitoramento é fundamental para determinar se o paciente está se curando ou se necessita de alguma intervenção, como a intubação.
A universidade explica que o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) concedeu à UFG o reconhecimento da patente “Sistema fluorescente para sensor óptico de oxigênio dissolvido, método para preparar dispositivo de sensor e uso do sistema fluorescente”.
O dispositivo foi pensado inicialmente para ser utilizado em águas de rios e lagos, para aplicação ambiental, mas pode ter outras aplicações e poderia ser usado, por exemplo, para verificar a situação de pacientes com Covid-19. Os pesquisadores estão começando os testes para avaliar essa utilização.
“Quando depositamos a patente em 2015, ela foi testada em água, pensando na aplicação ambiental, mas testamos em misturas de solventes para saber quais outras aplicações ela teria. Hoje, seria fundamental o uso no sangue para determinar o que a gente chama de oxigênio sérico”, disse a coordenadora da pesquisa, professora Tatiana Duque Martins, do Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás (IQ/UFG).
A invenção foi completamente desenvolvida na UFG, no Laboratório de Espectroscopia e Nanomateriais (LENano) do Instituto de Química. A solicitação de patente foi realizada em 2015, mas a concessão ocorreu somente neste mês. Essa é a terceira patente concedida para a UFG e a primeira tendo a Universidade como única detentora dos direitos.
A patente terá vigência até 2035 e, no momento, os pesquisadores estão buscando parceiros para desenvolver o produto.
Processo de patenteamento
A patente é um título de propriedade temporária, com duração de 15 a 20 anos, sobre uma invenção ou modelo de utilidade, que garante os direitos sobre a criação. Isso assegura ao patenteado os direitos de uso de sua invenção ou criação, ou seja, fica impedida utilização sem seu consentimento. As patentes encaminhadas pela UFG são de sua titularidade.
O processo de patenteamento inclui a avaliação de mérito da tecnologia pelo Comitê Interno da Propriedade Intelectual (CIPI), a checagem dos requisitos formais do texto que será depositado, o pagamento das taxas do INPI (depósito, anuidades, emissão de carta patente, etc.) e o acompanhamento do trâmite junto ao INPI.
*Com informações do Jornal da UFG
*Laylla Alves é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira