O Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da Universidade Federal de Goiás (UFG) pesquisa a obtenção de uma vacina capaz de prevenir a infecção pela micobactéria causadora da tuberculose. Nesse trabalho, os pesquisadores estudaram a eficácia de uma nova proteína quimérica, obtida pela combinação de diversas proteínas em uma. Os testes realizados até aqui obtiveram resultados satisfatórios em animais. Este estudo foi patenteado e já há o interesse de uma empresa australiana de biotecnologia em formular a vacina para produção e comercialização em larga escala.
A coordenadora da pesquisa e professora da UFG, Ana Paula Junqueira Kipnis, explica que a substância foi desenvolvida e sintetizada em laboratório a partir de bactérias totalmente inofensivas. A expectativa dos pesquisadores é obter os resultados finais em até dois anos. Além do desenvolvimento da vacina, desdobramentos da pesquisa identificaram também produtos extraídos da flora e fauna do Cerrado com propriedades terapêuticas para o tratamento da doença.
Quadro atual da doença
O dia 24 de março é lembrado como o dia mundial de luta contra a tuberculose. De acordo com informações do Ministério da Saúde, estima-se que um terço da população mundial esteja infectada, embora nem todos venham a desenvolver a doença. Anualmente, são notificados cerca de 9 milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de um milhão de pessoas a óbito.
No Brasil, a tuberculose é sério problema da saúde pública, com profundas raízes sociais. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem 4,6 mil mortes em decorrência da doença. O Brasil ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo.