*Juliana França é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo
Um ano após morte de ciclista, primeira Ghost Bike é instalada em Goiânia
Um ano após a morte de um ciclista, a primeira Ghost Bike foi instalada, neste…
Um ano após a morte de um ciclista, a primeira Ghost Bike foi instalada, neste sábado (22), em Goiânia. A bicicleta branca foi fixada na Avenida Universitária com a Rua 233, para lembrar a todos do acidente fatal ocorrido no ano passado.
João Henrique de Almeida Pacheco sofreu um acidente no dia 24 de junho de 2017. Ele andava de bicicleta quando passou por um buraco e caiu. Segundo sua esposa, Naya Violeta, João bateu a cabeça e teve traumatismo craniano. “Ele ficou dois meses internado no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), passou por duas cirurgias, mas não resistiu”.
O ciclista, de apenas 26 anos, veio a óbito no dia 22 de setembro de 2017, data que coincide com o Dia Nacional sem Carro. O ato, realizado um ano depois, teve como objetivo conscientizar sobre o respeito aos ciclistas. “Amigos e familiares fizeram uma concentração na Praça Universitária e desceram até o local do acidente, na esquina da Avenida Universitária com a Rua 233. A bicicleta foi carregada em um cortejo, em silêncio, como se fosse um caixão”, contou Naya.
Ghost Bike é um projeto que existe em todo o mundo e tem como objetivo instalar bicicletas brancas em locais onde ocorreram acidentes fatais com ciclistas com o objeto de fazer memória a quem perdeu a vida para a pressa de alguém, mas também lembrar da falta de planejamento urbano e para a omissão do poder público em relação a esses problemas.
Descaso
Naya contou ainda que o buraco que causou o acidente de João Henrique foi fechado apenas após sua morte, dois meses depois do acidente. “Era horrível passar pelo local todos os dias e ver o buraco e lembrar do descaso da Prefeitura com os ciclistas. Não há segurança na cidade para quem anda de bicicleta”.
A esposa do ciclista disse também que no dia do acidente as câmeras de segurança no trecho não estavam funcionando. “Passamos por toda uma burocracia para conseguir o acesso às câmeras de segurança, mas quando conseguimos não havia nada registrado pois elas estavam em manutenção”, explicou.
Para fazer a reconstituição do crime, foram utilizadas imagens de uma câmera de segurança de um posto próximo ao local do acidente. Segundo Naya, a morte de João Henrique ainda está sendo investigada.