Um em cada cinco goianos não tem dinheiro para tratar da saúde, diz IBGE
A Síntese de Indicadores Sociais (SIS) pesquisou acerca da forma de aquisição e despesa com saúde por pessoa
Um em casa cinco goianos tem restrições a serviços de saúde por falta de dinheiro. É o que revela um informativo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta sexta-feira (3), que apontou que a escassez de recursos financeiros e a indisponibilidade de produtos levaram 1,2 milhão de pessoas em Goiás a terem acesso limitado a medicamentos, e 1,9 milhão a ter restrições a serviços de saúde.
Os dados se referem a 2017 e 2018. Segundo o IBGE, a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) pesquisou acerca da forma de aquisição e despesa com saúde por pessoa e concluiu que a despesa per capita com saúde foi de R$ 123,24 em Goiás. No Brasil, esse valor é de R$ 133,24. No entanto, uma boa parte da população ainda sofre com restrições de acesso a medicamentos e serviços.
O informativo do IBGE apontou que 17,8% (1,2 milhão) das pessoas revelaram ter restrição aos medicamentos e 28,1% (1,9 milhão de pessoas) disseram ter restrição aos serviços de saúde. “Os motivos levantados foram: falta de dinheiro, indisponibilidade do produto ou serviço e outros motivos”, informou.
A falta de dinheiro foi a principal causa do acesso limitado à saúde do morador de Goiás. No que se refere à aquisição de remédios, esse fator corresponde a 14%. Quanto aos serviços de saúde, o motivo foi citado por 19% dos que responderam ao levantamento.
O IBGE constatou ainda que, em Goiás, cerca de 2 milhões de pessoas possuíam plano de saúde, o que equivalia a 28,6% da população total. “No Brasil, o percentual de pessoas com plano de saúde é de 26,0% (53,8 milhões de pessoas)”.