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Uma das gêmeas siamesas separadas no HMI recebe alta e retorna para a Bahia

A outra gêmea continua internada aguardando a cirurgia de cardioplastia cianogênica. Ela já foi inserida na Central de Regulação Nacional de Alta Complexidade

Após 24 dias internada, uma das gêmeas siamesas teve alta do Hospital Materno Infantil (HMI), na noite desta sexta-feira (14), e retornará para Bahia. Levada pela avó materna, Catarina foi transferida para uma maternidade em Salvador para que seja acompanhada por uma equipe multiprofissional até a alta definitiva. A mãe das meninas, Viviane de Menezes, de 30 anos, segue acompanhando a outra filha na unidade. A informação foi confirmada pela assessoria do hospital.

A outra gêmea Débora, que possui uma cardioplastia cianogênica, ainda segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do hospital, respira com ajuda de aparelhos e “ainda aguarda regulação para alguma unidade de saúde que ofereça todo o suporte cardiológico que ela precisa.”

As gêmeas, que estavam unidas pelo tórax e abdômen, nasceram no último dia 23 de agosto em uma cirurgia que durou mais de quatro horas e meia e foi realizada pelo médico Zacharias Calil e mais 12 profissionais. Após a cirurgia, as meninas se alimentaram por meio de sonda, ficarem em estado grave, até que mãe pode ter o primeiro contato físico com Catarina, ocorrido no último dia 4.

Débora não teve o mesmo contato pois nasceu com uma transposição dos grandes vasos do coração, aonde o sangue venoso se mistura com o sangue oxigenado. Isso acontece pois as artérias estão em posições expostas e causa sérios danos no funcionamento do corpo. Devido a isso, a sua recuperação acontece de forma mais lenta, devido o tecido não receber o oxigênio adequado.

Segundo a assessoria do HMI, Débora foi inserida na Central de Regulação Nacional de Alta Complexidade, do Ministério da Saúde (MS), na última quinta-feira (13) pela Secretaria de Estado de Saúde da Bahia. Todos os documentos necessários foram mandados para a pasta baiana devido ao fato das paciente pertencerem àquele estado. Apesar disso, a cirurgia ainda segue sem data definida.