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Vacina contra dengue é promissora, mas insuficiente para conter a doença, diz SES-GO

Titular da pasta em Goiás, Rasível dos Reis reforçou que principal meio para combate ao mosquito é manter boa limpeza e não deixar água parada

Equipe da SES-GO dá detalhes sobre o combate ao mosquito e o enfrentamento à dengue (Foto: Divulgação)

Ainda sem saber ao certo a quantidade de doses da vacina contra dengue que Goiás irá receber, o secretário de Saúde do Estado de Goiás, Rasível dos Reis acredita que o insumo até “pode ajudar” mas não será suficiente para conter o avanço da doença, por conta do baixo volume de quantidades que os municípios vão receber. Contudo afirma: “é uma iniciativa promissora de média a longo prazo”.

A avaliação foi feita nesta quinta-feira (1º) quando a Secretária de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO). Rasível exaltou os esforços para aquisição das doses. “A vacina da dengue vai ter uma importância grande. Mas inicialmente são poucas doses. O laboratório japonês não tem condição de produzir na escala que o Brasil precisa. É uma iniciativa promissora de média a longo prazo. Para este ano, são poucas doses e terá pouco efeito”, salienta.

Enquanto as doses de vacina não chegam para toda a população em quantidades suficientes, a maior arma contra o mosquito continua a mesma: a limpeza e evitar o acúmulo de água parada, mesmo limpa, pode ser fonte de contaminação. “É preciso então que a população não relaxe e não fique presa à questão da vacinação. 134 municípios de Goiás vão receber as vacinas e a faixa etária que é a população de 10 a 14 anos. Mas o número de doses é muito pequeno para atender toda a contingência”, pontua.

O portal Mais Goiás já mostrou que 134 municípios goianos que atualmente estão em situação de crise decretada terão prioridade para receber o imunizante. Falta no entanto, a tradução da bula do produto que é fabricado por uma indústria japonesa para o português. “O Instituto Nacional de Controle de Qualidade de Produtos de Saúde exigiu que o laboratório que está fornecendo as vacinas exige a bula em português. A previsão do Ministério da Saúde não deu data certa mas deve ficar para o começo de fevereiro”, explicou Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância da Secretaria de Saúde de Goiás.