PRECAUÇÃO

Prefeitura de Goiânia estuda cancelar reveillón e carnaval por causa da variante ômicron

Chegada da nova cepa do coronavírus em São Paulo e no DF preocupa autoridades. Vacinação itinerante é lançada para combate à pandemia

Vans da vacina atendem no supermercado Carrefour nesta quinta-feira (20), em Goiânia (Foto: Jucimar de Sousa - Mais Goiás)

O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) disse que Goiânia ainda estuda a necessidade ou não de cancelamento de eventos públicos, como o Réveillon ou carnaval, a exemplo do que já foi feito em outras cidades do país. A declaração foi feita durante lançamento de vacinação itinerante no Paço Municipal na manhã desta sexta-feira (3).

Segundo ele, há preocupação da prefeitura sobre a chegada da variante ômicron, já identificada em São Paulo e no Distrito Federal.

“Estamos analisando essa possibilidade. Há preocupação com a nova onda viral que chega ao país. Fazendo a análise para dizer se teremos ou não as festividades”, informou.

Vacinação itinerante visa ampliar número de imunizados em Goiânia

A nova ação da prefeitura está relacionada justamente com uma possível nova onda de aumento de casos e consequente maior número de mortes e stress no sistema público de Saúde.

Assim, a prefeitura passa a adotar, além do modelo tradicional de vacinação em postos, a imunização em pontos de grande circulação de pessoas. Inclusive com o uso de três vans que circularão pela cidade.

A intenção da prefeitura é atingir 70% da população com vacinação completa na cidade. Hoje esse número chega a 60%.

“Muitas pessoas não podem chegar nos postos para se vacinarem, por questões financeiras. Com esse, programa podemos chegar nessas pessoas. Muitas delas, infelizmente, perderam o emprego e não tem condições financeiras de pagar transporte público”, avalia.

O secretário Municipal de Saúde, Durval Pedroso, aponta que o número de 70% de vacinação é considerado seguro pelo Ministério da Saúde. Assim, a intenção da Prefeitura é fazer com que a vacina chegue a mais pessoas.

“Temos capacidade de vacinar 15 mil pessoas por dia, mas estamos subutilizados”, aponta. “Não temos condições de obrigar as pessoas a se vacinarem, mas temos dados cientificos que mostram que a vacina é segura e a melhor forma de se combater o vírus neste momento”, considera

Passaporte da vacina

Perguntado se Goiânia irá adotar passaporte de vacina para grandes eventos, Rogério Cruz reforçou que não há necessidade. No entanto, diz que é possível cobrar, como já se faz, comprovação de recebimento de duas doses através do ConectSUS, aplicativo do Ministério da Saúde.

“É um estudo que estamos desenvolvendo e podemos sim exigir, não um passaporte, mas o ConecteSus, que é uma ferramenta já consolidada pelo SUS”, salienta.

O secretário de Saúde salienta que a ferramenta existe, não sendo necessário, portanto, um passaporte, e que é necessário uma relação com o setor de eventos para que a população esteja cada vez mais vacinadas.