O que se sabe sobre a varíola dos macacos? Sintomas, tratamento, cuidados e prevenção | Mais Goiás.doc
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Nesta semana, o Mais Goiás.doc aborda um assunto muito atual: a varíola dos macacos (monkeypox). A reportagem conversou com infectologista, dermatologista, com uma pessoa que foi infectada, com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e com a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO). Assista à matéria completa no final da reportagem para sanar todas as suas dúvidas a respeito da doença.
Uma paciente, que preferiu não ser identificada, informou ao Mais Goiás.doc que saiu para um bar com amigos e no dia seguinte teve febre, calafrios, dores no corpo e depois lesões apareceram na sua pele. Ao procurar uma unidade de saúde, ela foi examinada pelo médico, que suspeitou que ele estava com monkeypox. Após a Secretaria de Saúde entrar em contato, ela fez o exame e o resultado foi positivo.
A fonte contou que ficou muito apreensiva quando foi fazer seu teste. Em razão das dores causadas pelos ferimentos, o médico receitou uma pomada e remédios para tratar a doença. Após cerca de oito dias do exame, ela retornou ao hospital e foi informado pelo especialista que após 14 dias de isolamento ele poderia voltar às atividades normais.
O que é a varíola dos macacos (monkeypox)?
A infectologista Heloína Clarete explica que a varíola dos macacos é uma doença viral que faz parte da mesma família de vírus que causa a varíola humana. “É um outro vírus dessa mesma família, que atinge principalmente a população de alguns lugares da África”. A médica ressalta, porém, que a doença não é tão letal quanto a varíola humana, que foi erradicada em meados de 1980.
Sintomas
O Ministério da Saúde alertou para os sintomas da monkeypox, que são eles:
- Erupções cutâneas ou lesões na pele;
- Adenomegalia – Linfomas inchados (conhecidos popularmente como ínguas);
- Febre;
- Dores no corpo;
- Calafrios;
- Fraqueza.
Transmissão
A infectologista explica que a contaminação da varíola dos macacos pode acontecer quando há o contato pele com pele, pele com mucosa e ainda por meio de gotículas de saliva. Heloína esclarece também que pode haver transmissão por meio de superfícies.
“Como a infecção é por contato, a pessoa contaminada e com lesões na pele pode deixar o vírus em ambientes como sofá, cama e esse vírus pode ficar muito tempo nesse ambiente se ele não for desinfetado ou limpo. Sendo assim, pode ser uma forma de transmissão também”.
Segundo a especialista, há preocupação com grupos considerados vulneráveis, como crianças, idosos e, sobretudo, grávidas. “Pode haver comprometimento grave do feto por transmissão via planetária”, alerta.
A médica afirma ainda que, apesar de não ser considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST), quanto mais a pessoa se expõe a vários parceiros, maior é o risco de ela encontrar uma pessoa contaminada.
Prevenção e cuidados
O Dr. Sandro Batista, secretário de Estado de Saúde de Goiás, afirma que é muito importante barrar a transmissão da doença por meio de ações de prevenções como: uso de máscara em locais de aglomeração, uso de álcool em gel e higienização das mãos. O médico também aconselha que, em caso de suspeita, uma unidade de saúde deve ser procurada.
Em caso de infecção, Heloína Clarete ressalta a importância do uso de máscara e do isolamento social para barrar a transmissão. A médica alerta que, se a pessoa infectada precisar sair de casa, deve usar máscara de proteção e roupas que protejam todas as lesões. O uso de álcool 70% também é indispensável.
A especialista alerta, ainda, que pessoas infectadas não devem compartilhar produtos de higiene. Se houver mais de um banheiro na casa, a pessoa infectada deve usar um dos banheiros sozinha. As roupas também devem ser lavadas separadamente.
Assista ao Mais Goiás.doc completo: