Vazão do Rio Meia Ponte está próxima do nível crítico em Goiânia
Presidente do Comitê da Bacia do Rio Meia Ponte, Fábio Camargo, diz que 'é uma questão de dias' para que isso ocorra
A vazão do Rio Meia Ponte, que é a principal fonte de abastecimento de água de Goiânia e da Região Metropolitana da capital, está próxima do nível crítico 1. Para o presidente do Comitê da Bacia do Rio Meia Ponte, Fábio Camargo, ‘é uma questão de dias’ para que isso ocorra.
Há cerca de um mês, o Meia Ponte está com a vazão de 5.652 litros por segundo. Bem perto do índice crítico 1, que é de 5,5 mil litros por segundo. “No nível crítico 1 a gente intensifica a fiscalização e a propaganda de redução do consumo da água. Já no nível 2 começamos a cortar o consumo”, explicou o presidente ao Jornal O Popular.
A redução do nível da água acontece em razão do calor e da baixa umidade do ar, segundo André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo).
“As altas temperaturas e a baixa umidade do ar forçam o consumo maior e a tendência natural é baixar mais [a vazão]. O produtor rural e a indústria têm que colaborar. Devemos evitar desperdícios. Quem mora nos municípios acima de Goiânia também deve se manter consciente”, alertou.
Rio Meia Ponte e a falta de chuvas
Amorim explica que o monitoramento do Meia Ponte é realizado 24 horas por dia todos os dias. Por enquanto, segundo ele, estamos melhores do que no ano passado. Porém, Fábio Camargo, alerta que caso o consumo de água não abaixe, será necessário fazer um rodízio de água ou cortar 25% do consumo do setor produtivo.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não chove de forma intermitente em Goiânia há mais de 120 dias. A previsão é que apenas no sudoeste do Estado caiam águas no mês de agosto.