Veja como proteger animais de estimação do barulho de fogos de artifício
O Réveillon pode ser uma data de comemoração e renovação para os humanos, mas para…
O Réveillon pode ser uma data de comemoração e renovação para os humanos, mas para os animais o período representa medo e desespero. Isso tudo por conta dos fogos de artifício, já que tais barulhos estridentes podem causar incômodo, estresse, susto, fugas desesperadas, convulsões, taquicardia e até a morte, em casos mais extremos. Pensando nisso, o Mais Goiás ouviu o veterinário Renato Frantz para auxiliar tutores com dicas de como proteger os bichos nesta virada de ano.
Segundo explica o profissional, os animais têm ouvidos mais sensíveis do que os humanos e qualquer barulho já causa maior incômodo. “Se para nós, seres humanos, a explosão de fogos causa grande impacto, imagine para os animais. Eles têm uma sensibilidade auditiva muito maior, até por conta do instinto mesmo”, afirmou.
Conforme expõe Renato, os animais, principalmente os domésticos como cães e gatos, a sensibilidade é tanta que os bichos ficam desesperados e acabam se machucando ao tentar fugir em busca de um ambiente mais seguro. “Este é um problema muito sério porque na fuga desesperada, o animal pode acabar saindo de casa e ser atropelado, por exemplo”.
Mas o que fazer para proteger os animais durante o Réveillon. O ideal é que os bichos fiquem em locais seguros, confortáveis e com o máximo de atenção dos tutores possível. Distrações, carinho e bastante cuidado são essenciais.
Aves silvestres
Apesar de cães e gatos serem afetados, os fogos de artifício também podem causar grandes transtornos aos animais silvestres, principalmente às aves. De acordo com o Grupo de Estudos de Animais Selvagens (Geas), do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Regional de Blumenau (FURB), além de estresse, falta de ar, convulsões e arritmias cardíacas, tais animais podem se acidentar durante a fuga para outros locais em busca de segurança.
As aves também podem ser atingidas pelos fogos, bem como podem ser atropeladas ou sofrer quedas e colisões. Na hora do medo, podem abandonar os filhotes e fugir para tão longe que não conseguem retornar ao ninho devido ao desnorteamento. Segundo o grupo, algumas aves chegam a voar a 500 metros de altitude, quando o usual é até 100 metros.