Veja o que abre e fecha em Goiânia com o novo modelo de quarentena

O decreto do governador Ronaldo Caiado (DEM) que instituiu o isolamento social 14 x 14 mudou a dinâmica de funcionamento do comércio nos municípios que optaram por aderir a ele. Um exemplo são os restaurantes de Goiânia, que, daqui a duas semanas, poderão receber 50% dos clientes que têm capacidade para atender. Confira o que abre e o que fecha.

Serviços essenciais

Continuam a funcionar todos os dias. Isso inclui quase tudo o que engloba saúde: farmácias, clínicas de vacinação e laboratórios de análise. A exceção são as cirurgias eletivas, que seguem proibidas. Consultas e procedimentos ambulatoriais devem ter a oferta reduzida em 50%. podem funcionar sem interrupção delivery de restaurantes, supermercados, padarias, empórios, lojas de saúde e alimentação animal e congêneres.

Mudanças

O decreto proíbe supermercados de receber mais de uma pessoa da mesma família, ao mesmo tempo. O entendimento do Centro de Operações Estaduais (COE) para combate ao coronavírus é que esse tipo de estabelecimento havia se tornado uma fonte de “lazer”, assim como os shoppings centers, em que famílias inteiras iam para passear. O que provocava aglomerações.

Feiras livres não podem funcionar durante os 14 dias de isolamento social. Apenas nos 14 dias em que as restrições não vigorarem.

Indústrias em geral também fecham nos 14 primeiros dias. Exceto aquelas essenciais à manutenção da saúde ou vida humana e animal. Além daquelas que produzem insumos de construção civil, energia elétrica, saneamento básico, hospitalares, penitenciárias, de infraestrutura.  

Comércio em geral volta a ficar fechado nas duas semanas de restrição. Durou pouco mais de uma semana a permissão para que o comércio varejista e os shoppings ficassem abertos na capital. As lojas da região da rua 44, por exemplo, se preparavam para reabrir nesta quarta-feira.

Os restaurantes continuam usando o modelo de delivery. No entanto, poderão reabrir com presença de clientes, com 50% da capacidade, durante os 14 dias de abertura.

Aulas presenciais, cinemas, teatros, bares, boates, academias, salões de festas continuam proibidos. Além do uso de áreas comuns dos condomínios. 

Estudo

O novo modelo adotado pelo governo estadual, e que algumas cidades aderiram, incluindo Goiânia, foi baseado em pesquisa realizada pela Universidade Federal de Goiás (UFG). O modelo construído pelos pesquisadores indicou colapso do sistema de saúde estadual em julho e 18 mil mortes acumuladas em setembro. 

Assim, o modelo 14 x 14 foi apresentado como uma solução para combinar abertura econômica com protocolos de segurança sanitárias. Quatorze dias é o período apontado por entidades de saúde pública em que há espalhamento do vírus por uma pessoa infectada. Assim, ao restringir a movimentação, o vírus se espalha menos. Inclusive perdendo a alta capacidade de contaminação durante os 14 dias abertos, pois menos pessoas, em tese, teriam contato com o coronavírus no período anterior. 

O que fecha nos 14 dias

• Áreas comuns dos condomínios (salões de festa, piscina, churrasqueira, etc);
• Cartórios; 
• Call centers;
• Clínicas e consultórios odontológicos (Exceto urgência e emergência);
• Clubes (incluindo academias de ginástica, dança e natação);
• Distribuidora de bebidas (exceto delivery);
• Eventos em geral (incluindo shows, espetáculos, boates, cinemas e estádios);
• Escritórios;
• Feiras livres; 
• Hotéis e pousadas;
• Igrejas (Cultos presenciais não estão permitidos);
• Indústrias em geral (exceto consideradas essenciais);
• Lojas do comércio e prestação de serviço em geral (incluindo lojas de pneus e lavajatos);
• Obras de construção civil;
• Parques estaduais e de recreação (Mutirama, zoológico, Jardim Botânico);
• Restaurantes (Exceto delivery e restaurantes e lanchonetes em rodovias);
• Salões de beleza e barbearias;
• Shoppings (incluindo camelódromos e galerias);
• Vapt Vupt;
• Visitação em presídios e centro de detenção.