NEUROLOGISTA

Veja quem é a médica presa em Goiás por sequestrar bebê em hospital de Uberlândia

Em uma rede social, ela disse que a medicina é sua paixão. Criança foi resgatada na casa dela, junto a itens infantis comprados pela médica.

Médica Claudia Soares Alves presa por sequestrar bebê em Uberlândia (Foto: Reprodução)

A médica presa em Itumbiara, no sul goiano, por sequestrar uma bebê em um hospital de Uberlândia, Minas Gerais, se chama Claudia Soares Alves, de 42 anos, e é neurologista. Ela se formou em MG e, além de atender em Goiás, é professora em duas universidades.

Claudia foi presa na quarta-feira (24), e o sequestro do bebê ocorreu na noite anterior, sendo registrado por câmeras de segurança do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). A criança foi resgatada na casa da médica, na mesma data da prisão.

Pelas redes sociais, a própria médica conta que se formou na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). A residência em neurologia foi concluída em 2011, na mesma universidade. Mas chegou também a fazer residência na Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Saiba mais

Em maio deste ano, ela tomou posse como professora na UFU, e é professora na Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Goiás (UEG) desde 2019. Nas redes sociais, ela também conta que está cursando doutorado em Ciências da Saúde.

Em um texto publicado no Instagram, ela diz que a medicina é sua paixão e que estava empolgada para ‘ver o que o futuro reserva’, diante do comentário de que foi aprovada como docente na UFU.

“É uma nova jornada, cheia de novos rostos, novas histórias e novos desafios, mas estou super empolgada para ver o que o futuro reserva! Então, resumindo: a medicina é minha paixão, a docência é minha missão e a jornada é minha inspiração. Aqui estamos nós, prontos para enfrentar o que vier pela frente. Vamos nessa!”, escreveu.

A Universidade UFU informou que a mulher tomou posse como professora na área de clínica médica em maio deste ano, mas não informou se ela atuava, de fato, no hospital ou apenas dava aulas na universidade. A Universidade informou ainda que apura as responsabilidades do caso.

Possível surto

O Mais Goiás tenta contato com o advogado de Claudia para um posicionamento. No momento da prisão, a defesa chegou a informar à polícia que a médica estava em surto quando cometeu o ato.  

O delegado Anderson Pelágio, informou que a polícia desacredita do possível surto devido aos itens de bebê comprados pela médica. “Ela comprou vários apetrechos para a bebê, como, fralda e carrinho, o que dá informações de que ela premeditava os fatos”, disse o delegado em entrevista à TV Anhanguera. Dentro do carro de Cláudia Soares havia até uma piscina infantil.

Sequestro da bebê

Segundo informações da polícia de MG, a bebê nasceu por volta das 20h, em um parto cesárea, e foi sequestrada 3h após o nascimento. Para entrar no hospital, a mulher se identificou como pediatra, entrou na sala e pegou a bebê.

À TV Integração, o pai, Édson Ferreira, contou como a médica chegou na sala. Ele disse ainda que ela verificou se a mãe da criança tinha leite para amamentação.

“Ela era muito bem articulada. Entrou, mexeu nos peitos da minha esposa para ver se tinha leite. Disse que era pediatra e que ia levar a bebê para se alimentar. Minutos depois, eu vi que a minha menina não voltava, e aí percebemos que ela tinha sido levada”, contou.

Conforme a PM, a mulher saiu da porta do hospital com a bebê dentro de uma mochila e fugiu em um carro vermelho. Veículo esse que foi rastreado pela Polícia Rodoviária Federal e encontrado no endereço dela em Itumbiara.

O Hospital das Clínicas da UFU emitiu a seguinte nota diante do caso, informando que está apurando todas as circunstâncias do fato ocorrido na unidade.

“O HC-UFU informa que por volta da meia-noite uma mulher trajada como profissional de saúde, portando crachá da Universidade, entrou na maternidade e evadiu com um bebê recém-nascido do sexo feminino.

Poucos instantes após o fato, a equipe do hospital acionou a Polícia Militar de Uberlândia e cedeu as imagens das câmeras de segurança requisitadas pela corporação.

O HC já iniciou apuração interna de todas as circunstâncias do caso e está colaborando com as investigações. A instituição está à inteira disposição das autoridades e da família para a breve solução do caso”.