Veja tudo que aconteceu na simulação do racha que matou jovens na T-9, em Goiânia
Objetivo da polícia era fazer uma estimativa de velocidade dos veículos, dentre outros quesitos
Agentes da Polícia Técnico-Científica bloquearam a Avenida T-9, em Goiânia, para realizarem uma segunda perícia do acidente que matou duas pessoas, em razão de uma disputa de racha. O caso aconteceu entre a Rua T-30 e a Rua T-33, no dia 7 de maio. O objetivo da polícia era fazer uma estimativa de velocidade dos veículos, dentre outros quesitos.
Cleuber Rodrigues de Lima, pai do estudante Wictor Fonseca, que morreu por consequências do racha, acompanhou a simulação do acidente que tirou a vida do filho, bastante emocionado. A avenida ficou bloqueada das 14h às 17h.
O diretor de Fiscalização de Trânsito, Henrique Addad, afirmou que o fechamento da via foi feito na totalidade para dar segurança aos servidores da Polícia Técnico-Científica. “O trabalho é como se fosse uma reprodução, então ela verifica vestígios, marcas na via pública, posicionamento de corpos após o impacto. É necessário que toda a via seja isolada”, disse o diretor.
O gerente do Instituto de Criminalística, Olegário Augusto, explicou que os peritos vão analisar dois pontos principais da via. O primeiro ponto analisa por onde os dois carros passaram, antes do acidentes; já o segundo, marca onde a colisão de fato aconteceu.
“Hoje foi feita uma perícia para entender qual o espaço do local, quais as dimensões da via e, principalmente, qual a distorção causada pelas câmeras que registraram o acidente. Pra que? Pra gente calcular de velocidade, com base no vídeo gravado. A gente só consegue precisar a velocidade apó os calculos serem feitos. A gente não pode só olhar o vídeo e falar sobre qual era a velocidade”, declarou Olegário.
Agentes da Polícia Civil também acompanharam a perícia, mas optaram por não darem declarações à imprensa.
Pai de jovem que morreu no racha na T-9 acompanhou a simulação de acidente
Em entrevista à imprensa, Cleuber disse que desde que o acidente aconteceu não passava pela local, para não relembrar a morte de Wictor. “Só passa pela cabeça que meu filho estava aqui pedindo socorro e ninguém pôde ajudar. Eu prometi pra ele, que nunca iria abandoná-lo. Estou apenas lembrando daquele momento que soube da morte dele, lembrando dele de entrar no quarto dele em casa. Estou pela força de deus! Estou aqui para entender, porque aquelas frases de “não tenho nada a declarar” não saem da minha cabeça”, declarou sob forte emoção.
“Nada a declarar” foi o que o motorista da caminhonete que capotou durante um racha repetiu sete vezes ao delegado Tiago Damasceno, em depoimento. O condutor do outro veículo, que foi filmado em alta velocidade ao lado do utilitário, respondeu todas as perguntas, confirmou que trafegava acima de 110 quilômetros por hora, mas alegou que não disputava nenhuma corrida de rua.