Vendas do comércio varejista em Goiás caem 10% em um ano, aponta IBGE
O volume de vendas do comércio varejista em Goiás representa um um recuo de 0,6% em relação ao mês de setembro
O volume de vendas do comércio varejista em Goiás caiu 10,3% em outubro de 2021, na comparação com o mesmo mês do ano passado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número representa um um recuo de 0,6% em relação ao mês de setembro e um encolhimento do crescimento acumulado para 0,3% neste ano e -0,6% nos últimos 12 meses.
Quando se trata do comércio varejista ampliado em Goiás, que abrange atividades de veículos, motos, partes e peças e material para construção, o volume de vendas teve queda de 3,8% em outubro de 2021, quando comparado com o mês anterior, na série com ajustes sazonais. Já na comparação com outubro do ano passado, a queda nessa categoria foi de 4,5%.
Conforme o IBGE, em nível nacional, o volume de vendas do varejo caiu 7,1%. Porém, o varejo no Brasil mantém acumulados no ano e em 12 meses, ambos com 2,6%. Quanto ao volume de vendas do varejo ampliado no cenário nacional, houve queda de 0,9%, na série com ajustes sazonais. Já quando comparado com outubro de 2020, o volume de vendas nacional apresentou recuo de 7,1%, mas acumulando no ano alta de 6,3%.
Queda nas vendas do comércio varejista em Goiás foi puxada por móveis e materiais para construção
Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas), Eduardo Gomes, a queda apontada pelo IBGE foi puxada pela redução na venda de produtos como móveis, material escolar e de escritório. Segundo Gomes, essa queda ficou mais acentuada em agosto deste ano, quando a inflação provocou uma alta excepcional no preço dos itens dessas categorias.
Ao Mais Goiás, o presidente também cita os materiais para construção e os hipermercados alvos principais da queda das vendas. “Se for analisar hoje, o preço de material para construção aumentou muito. o preço do PVC, por exemplo, dobrou. Houve sim uma retração nessas áreas, principalmente puxada por esses materiais de construção e também por hipermercados”.
De acordo com o IBGE, móveis e eletrodomésticos tiveram redução nas vendas de 25,4%, registrando o sexto mês consecutivo de queda, acumulando no ano variação de -6,9%. Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação apresentaram recuo de 18,8%. Já as atividades em hipermercados tiveram variação negativa de 11,5%, vigorando como área em queda desde agosto de 2020.
No entanto, Gomes nega que haja retração nas vendas no cenário geral do comércio varejista. Conforme o presidente, os segmentos de roupas e smartphones tiveram excelentes números nas vendas, confirmando uma recuperação do setor. “Vestimentas e calçados, eletros e smartphones foram os que realmente mais cresceram e também serão os que mais gerarão empregos temporários neste final de ano”, conclui.