Vendas falsas na internet: pessoas que emprestaram contas são presas em Senador Canedo
Homem apontado como o responsável por, de fato, aplicar o golpe continua foragido
A Polícia Civil desencadeou uma operação contra um esquema de vendas falsas pela internet e prendeu dois homens suspeitos de emprestar contas bancárias para consumação do golpe. As prisões aconteceram em Senador Canedo. O homem que teria contratado os donos dessas contas está foragido.
A delegada Alanna Duarte diz que as vítimas foram induzias a acreditar que haviam comprado roupas de jeans em um perfil nas redes sociais. Após a negociação, pagavam via PIX. Mas, assim que o pagamento era efetuado, as pessoas compradoras eram bloqueadas pelo perfil e não conseguiam mais falar com a suposta loja.
O crime só foi descoberto porque o dono da marca de jeans, morador de Jaraguá, procurou a delegacia para denunciar os crimes – que aconteciam desde o mês de março deste ano. Segundo a delegada, pessoas de todo o Brasil foram vítimas do golpe.
“Só das que a gente conseguiu o relato sobre o crime, são 12 pessoas de diferentes estados do país. Dessas, a gente estima um prejuízo de R$ 12 mil. Mas, o prejuízo causado à empresa, nem conseguimos estimar ainda, pois tem pessoas que não denunciaram o crime, mas sofreram com o golpe”, explicou a delegada.
Suspeitos que forneceram as contas para a realização das falsas vendas pela internet foram identificados primeiro
A Polícia Civil explica que nomeou essa operação como ‘Alvos Fáceis’ pois os dois suspeitos de fornecerem suas contas bancárias para o crime foram localizados primeiro do que o suspeito de aplicar o golpe de fato.
A delegada afirma que algumas pessoas dão as contas bancárias para fins ilícitos e outras vendem. Por agirem dessa forma, também são consideradas participantes dos crimes. “Essas condutas são as mais fáceis de serem identificadas e os titulares das contas bancárias facilmente presos”, disse a delegada.
Os dois autores identificados presos encontram-se recolhidos na unidade prisional de Senador Canedo. Cada um poderá cumprir pena de até cinco anos de prisão, caso sejam condenados.
*Larissa Feitosa compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Hugo Oliveira.