Flexibilização do comércio

Vendedores lotam ruas da 44 nesta quarta-feira (24); vídeo

Segundo decreto municipal, a região só poderá retomar o funcionamento no dia 30 de junho. AER44 afirma que multidão é composta por ambulantes; informal aponta para trabalho irregular de lojistas

Prefeitura de Goiânia ainda não estabeleceu novas ações de fiscalização

Vendedores ambulantes lotaram ruas da Região da 44, em Goiânia, na manhã desta quarta-feira (24). Em um vídeo enviado por um leitor ao Mais Goiás, é possível ver várias pessoas, a maioria sem máscara, segurando sacolas com mercadorias. Na última terça-feira (23), parte do comércio da capital, como shoppings, camelódromos e galerias, reabriu. Entretanto, lojistas da 44, só podem retomar os trabalhos a partir do dia 30 de junho. Ambulante afirma que movimentação de pessoas, inclusive com aglomerações, ocorre na região há cerca de 2 meses.

Segundo a assessoria da Associação Empresarial da Região 44 (AER-44), as lojas da região permaneceram sem funcionar desde que o decreto estadual que determinou o fechamento do comércio entrou em vigor, no dia 17 de março. Apesar disso, os vendedores ambulantes continuaram com suas atividades no local, mesmo diante da restrição. O Mais Goiás também noticiou operações da Prefeitura de Goiânia para fiscalizar o trabalho irregular de logistas da região em duas oportunidades.

De acordo com representante de feirantes e ambulantes das região, Bia de Paula, lojistas também compõem a multidão percebida nesta quarta-feira.  “Estão atuando na frente das lojas, já que não podem abrir as portas ainda. Precisam pagar aluguel nas galerias e por isso recorreram a essa alternativa”, sublinha.

 

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Bia reforça que a movimentação na região ocorre há cerca de dois meses, visto que informais enfrentam dificuldades financeiras. Segundo ela, parte deles não recebeu o auxílio emergencial do governo federal e também não foi contemplado com cestas básicas da prefeitura durante o período de inatividade. “Realizamos cadastro na Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), mas o benefício não foi concedido”.

Por isso, a ambulante afirma que a fiscalização realizada pelo Paço não consegue restringir a movimentação na região. “As lojas e galerias só ficaram fechadas, de fato, nos primeiros 30 dias, depois disso, a grande maioria voltou a funcionar. É muita gente, os fiscais não conseguem controlar”, finalizou.

Em nota a AER44 afirma que “mais do que nunca” é preciso que a prefeitura cumpra “sua obrigação legal de fiscalizar logradouros públicos da região” e realize a “retirada de ambulantes”. Ressaltou que lojistas retomaram atividades no dia 30, “de forma ordenada, segura e adotando medidas de segurança”.

O Mais Goiás aguarda nota da Prefeitura de Goiânia sobre a movimentação.